A brincadeira em um abrigo: uma forma de pensar a extensão universitária

Autores

  • Camila Moura Fé Maia Universidade de Brasília
  • Maíra Cristina Coelho de Lima Universidade de Brasília
  • Sara Nunes Rodrigues de Queiróz uUniversidade de Brasília
  • Regina Lúcia Sucupira Pedroza Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Brincadeira. Extensão universitária. Desenvolvimento.

Resumo

Este artigo propõe pensar a extensão a partir da apresentação do Projeto de Extensão de Ação Contínua da Universidade de Brasília “Pintando e Bordando: desenvolvimento de crianças e adolescentes em abrigos”. O projeto objetiva construir um espaço de lazer e comunicação através da brincadeira, para desenvolver processos cognitivos e afetivos e recursos de personalidade dos envolvidos, bem como possibilitar o diálogo e escuta às crianças e aos adolescentes. O trabalho é desenvolvido em uma entidade de abrigo no entorno do Distrito Federal que atende cerca de 50 crianças e adolescentes, geralmente encaminhados pela justiça após afastamento da família por violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Foram realizadas visitas semanais aos sábados pela manhã, durante dois anos. Discute-se a perspectiva de extensão adotada, seguida de uma exposição da fundamentação teórica que orienta o trabalho. Também se descreve o desenvolvimento do projeto e os resultados alcançados com base em uma metodologia qualitativa. Em linhas gerais constatou-se que a brincadeira é um importante instrumento de aproximação e cooperação do processo de desenvolvimento humano e de construção de subjetividade. Por fim, defende-se o papel da extensão como transformadora de realidades sociais e possibilitadora de uma formação universitária mais ampla e consciente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Camila Moura Fé Maia, Universidade de Brasília

Graduanda do 7º sem de Psicologia bolsista do projeto.

Maíra Cristina Coelho de Lima, Universidade de Brasília

raduanda do 7º sem de Psicologia e bolsista do projeto.

Sara Nunes Rodrigues de Queiróz, uUniversidade de Brasília

Graduanda do 7º sem de Psicologia e bolsista do projeto.

Regina Lúcia Sucupira Pedroza, Universidade de Brasília

Professora doutora do PED/Instituto de Psicologia da UnB e coordenadora do projeto.  

Referências

ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da família. Rio de janeiro: Guanabara, 1978.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas
Constitucionais nos 1/92 a 52/2006 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2006.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). Estatuto da criança e do adolescente; disposições constitucionais pertinentes: lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. 6° ed. Brasília:
Senado Federal, Subsecretaria de edições Técnicas, 2005.
CARVALHO, Alysson Massote. Crianças institucionalizadas e desenvolvimento: possibilidades e desafios. In: LORDELO, E. da R.; CARVALHO, A. M. A.; KOLLER, S. H. (Org.). Infância
brasileira e contextos de desenvolvimento. São Paulo: Casa do psicólogo, 2002. p. 19-44.
FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação? 12 ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002.
HUIZINGA, Johann. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 1971.
LARROSA, Jorge. O enigma da infância. In: _____. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. p.183-198.
MESQUITA FILHO, Alberto. Integração ensino-pesquisa-extensão. Extensão, Ano 3, n. 9, p. 138-143, 1997.
PLANO NACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Edição Atualizada
Brasil: Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras e SESu/ MEC, 2000/2001. Disponível em:
<http://www.extensao.ufba.br/planonacionaldeextensao.asp>. Acesso em: 11 maio 2009.
PEDROZA, Regina Lúcia Sucupira. Aprendizado e subjetividade: uma construção a partir do brincar. Revista do Departamento de Psicologia ”“ UFF, v.2, p.61-76, 2005.
REY, Fernando Luis González. Pesquisa Qualitativa em Psicologia: caminhos e desafios. São Paulo: Pioneira Thomsom Learning, 2002.
SANTOS, Carolina Duarte dos; WEBER, Lidia Natalia Dobrianskyj. O que leva uma mãe a
abandonar um filho? In GUILHARD, H. & AGUIRRE, N.C. (Orgs.). Psicologia, Comportamento e Cognição, v. 15 . Santo André: ESEtec, p. 133-146, 2005.
SILVA, Enid Rocha Andrade da. O direito à convivência familiar e comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no Brasil. Brasília: IPEA/CONANDA. (2004).
VIGOTSKI, Lev Semenovitch. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
WALON, Henri. A evolução dialética da personalidade. Objectivos e métodos da psicologia. Lisboa: Editorial Estampa, p. 81-107, 1951.
WEBER, Lidia Natalia Dobrianskyj. Da institucionalização à adoção: um caminho possível? Igualdade ”“ Ministério Público Paraná, v. 9, p. 1-8, 1995.
WEBER, Lidia Natalia Dobrianskyj. Os filhos de ninguém: abandono e institucionalização de crianças no Brasil. Conjuntura Social, Rio de Janeiro, v. 4, p.30-36, 2000.
WINNICOTT, Donald Woods. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

Downloads

Publicado

2011-12-21

Como Citar

MAIA, Camila Moura Fé; LIMA, Maíra Cristina Coelho de; QUEIRÓZ, Sara Nunes Rodrigues de; PEDROZA, Regina Lúcia Sucupira. A brincadeira em um abrigo: uma forma de pensar a extensão universitária. Participação, [S. l.], n. 16, 2011. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/participacao/article/view/24320. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de desenvolvimento teórico

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.