Pegadas de classe na paisagem

Autores

  • Frederico de Holanda

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n1.2003.12272

Resumo

Este texto relata o resultado de um estudo comparativo entre sociedades muito diversas, desde exemplos pré-estatais até uma sociedade contemporânea, no que diz respeito às relações entre estrutura de classes e os padrões espaciais dos respectivos assentamentos. É claro que há muitos traços sociais que não podem ser captados exclusivamente por meio da paisagem construída. É menos óbvia, entretanto, a medida em que é realmente possível ler características estruturais das formações sociais, que recorrentemente são impressas na paisagem ao longo da história.

A literatura arquitetônica frequentemente frisa a “arbitrariedade” das formas dos assentamentos humanos, que supostamente “significam” diferentes coisas, em diferentes circunstâncias. Não nego que existem “convenções” arquitetônicas, ou que existe uma “semântica” que qualifica qualquer lugar que as sociedades construam. Entretanto, as possibilidades reais de movimento das pessoas ao longo de barreiras e permeabilidades no chão, impõem fortes limitações àquelas convenções. Diferentes modos de interessantes indicações sobre isto.

Por meio de categorias analíticas da Sintaxe Espacial, será mostrado não apenas que “classe” rima com descontinuidade física, espaços cegos e hierarquias sobre o chão, mas também que estes são precisamente os atributos espaciais mais apreciados pelas camadas sociais dominantes.

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Publicado

01-01-2003

Como Citar

Holanda, F. de. (2003). Pegadas de classe na paisagem. Paranoá, 1(1). https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n1.2003.12272

Edição

Seção

Teoria, História e Crítica