(Re)configuraciones migratorias internacionales: masculinización blanca y guetización de mujeres negras en el mercado laboral en Brasil

Resumo

Este artigo aborda as dinâmicas raciais no contexto das migrações internacionais no Brasil no período entre 2011 e 2022, analisando as mudanças significativas ocorridas no volume, no perfil da cor/raça das pessoas migrantes que chegaram ao país, na inserção do mercado de trabalho formal e no que diz respeito ao envio de remessas, apontando para a necessidade de uma agenda migratória contemporânea com foco nas questões raciais e de gênero para contribuir no desenho e na formulação de políticas migratórias mais inclusivas e equitativas. Os dados analisados mostram que as pessoas migrantes mais marcadas racialmente, aquelas originárias de alguns países africanos e caribenhos, enfrentam diferentes estruturas de oportunidades sociais, notadamente no mercado de trabalho formal e qualificado, na renda média mensal, quando comparado com as pessoas migrantes oriundas da Europa e da América do Norte. Há um processo de masculinização branca entre os trabalhadores qualificados e uma guetização feminina negra no que tange às atividades sócio-ocupacionais subalternizadas.