Venezuelanas/os em Boa Vista: práticas comunitárias, resistências e novas territorialidades na Ocupação Ka Ubanoko
Palavras-chave:
Migração venezuelana, Brasil, Resistência, Venezuela, OcupaçãoResumo
Este artigo analisa a ocupação autogestionada por migrantes venezuelanas/os “criollas/os” e indígenas, em Boa Vista (RR). Chamada Ka Ubanoko, nosso objetivo é analisá-la como uma nova territorialidade produzida a partir da travessia do recente corredor migratório Venezuela-Brasil e da necessidade de enfrentar os métodos de controle que o Estado brasileiro impõe a esse crescente fluxo. A migração venezuelana chega ao Brasil como alternativa às múltiplas crises – social, econômica, política – em sua terra natal e se depara, ao chegar em
solo brasileiro, com formas de controle documental e territorial (os abrigos da
Operação Acolhida). O que marca a experiência de quem vive em Ka Ubanoko é, justamente, uma recusa em aceitar os espaços de confinamento que os abrigos representam. A partir da vivência com os migrantes “criollas/os”, analisamos essa nova territorialidade como uma estratégica de tornar a vida vivível nesse novo território, a qual chamamos de “Fazer-se Existente”.
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