Caminhar, lutar e bem viver: O Significado do Oguata Guasu para o Povo Guarani-Kaiowá
Palavras-chave:
Mobilidade Guarani, Deslocamento forçado, Território tradicional, Fronteira, Relações SociaisResumo
Este artigo é parte do estudo realizado em Ñande Ru Marangatu, Antônio João/Mato Grosso do Sul no Brasil e a Colônia Pysyry, Paraguai. Os Guarani possuem uma ocupação territorial ampla, englobando os países do Paraguai, Argentina, Brasil e Bolívia. Esse território é denominado pelos Guarani como Ñane Retã - “Nosso Território”, espaço que ocorrem os deslocamentos e neles as
comunidades estabelecem suas redes pautadas pelas relações de parentesco e afinidades. A pesquisa estudou a trajetória de ida e vinda do Oguata Guasu - a grande caminhada. A base metodológica é com interface no direito dos povos tradicionais e, além da pesquisa bibliográfica, manteve-se a preferência pelo trabalho de campo. Conclui-se que mesmo após terem sofrido deslocamentos forçados, depois de anos os Kaiowá realizaram o caminho de volta para o seu território tradicional a fim de manter as suas tradições.
Downloads
Referências
BRAND, Antonio Jacó (1997) O impacto da perda da terra sobre a tradição Kaiowá/Guarani: os difíceis caminhos da Palavra. Tese (Doutorado em História). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
BRASIL (1988) Constituição Federal de 1988.
CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira (2013) Colonialismo, território e Territorialidade: a luta pela terra dos Guarani e Kaiowa em Mato Grosso do Sul. Tese (Doutorado em História). UNESP, Assis, São Paulo.
CAVARARO RODRIGUES, Andréa Lúcia (2019) KAIOWÁ-PAĨ TAVYTERÃ: ONDE ESTAMOS E AONDE VAMOS? Um estudo antropológico do Oguata na fronteira Brasil/Paraguai. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande/MS.
COLMAN, Rosa Sebastiana (2015) Guarani Retã e Mobilidade Espacial Guarani: belas caminhadas e processos de expulsão no território Guarani. Tese (Doutorado em Demografia). Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP.
COLMAN, Rosa Sebastiana (2007) Território e sustentabilidade: os Guarani e o Kaiowá de Yvy Katu. Dissertação ”“ Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, Mestrado em desenvolvimento local.
CRESPE, Aline Castilho Lutti (2015) Mobilidade e temporalidade Kaiowá: do tekoha à reserva, do tekoharã ao tekoha. Tese (Doutorado em História). Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados/MS.
CURI, Melissa Volpato (2012) “O Direito Consuetudinário dos Povos Indígenas e o Pluralismo Jurídico”, Revista Espaço Ameríndio, Vol. 6, No 2, p. 230-247.
EMGC, Equipe Mapa Guarani Continental. 2016. Caderno Mapa Guarani Continental: povos Guarani na Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. Campo Grande, MS. CIMI.
EREMITES DE OLIVEIRA, Jorge; PEREIRA, Levi (2009) Ñande Ru Marangatu. Laudo antropológico e histórico sobre uma terra kaiowa na fronteira do Brasil com o Paraguai, município de Antônio João, Mato Grosso do Sul. Dourados: Editora UFGD.
GRÜNBERG, Friedl Paz y GRÜNBERG, Georg (2014) Los guaraní: persecución y resistencia. Pueblos indígenas del centro de América del Sur. Quito: Abya-Yala.
LOPEZ PALOMINO, Cristabell; TEÓFILO DA SILVA, Cristhian (2018) “Migração e mobilidade indígena transfronteiriça em perspectiva comparada: Do Alto Solimões ao Oiapoque”, PÉRIPLOS. Revista de Pesquisa sobre Migrações, Vol. 2, N° 2, p. 112-139.
LUCAS, Sônia Rocha (2017) Crianças indígenas no acampamento Pakurity- MS: quem são, como vivem e como percebem a situação de moradias móveis. Dissertação (Mestrado em Antropologia). Universidade Federal da Grande Dourados. Dourados, MS: UFGD.
LUSSI, Carmen, DURAND, Jorge (2015) Metodologia e Teorias no Estudo das Migrações. São Paulo: Paco Editorial.
MELIÀ, Bartomeu; GRÜNBERG, Georg; GRÜNBERG, Friedl (2008) PaÄ© ”“ Taviterã. Etnografia Guarani del Paraguay contemporâneo. 2a Ed. Asunción: CEPAG.
MELIÀ, Bartomeu (2016) Camino guaraní: de lejos venimos, hacia más lejos caminamos. Centro de Estudios Paraguayos”; Antonio Guasch”. Asunción.
MELIÀ, Bartomeu (2016) “Teko porã: formas do bom viver guarani, memória e futuro” (23-29). In: Nádia Heusi Silveira, Clarissa Rocha de Melo, Suzana Cavalheiro de Jesus organização (Org.) Diálogos com o Guarani: articulando compreensões antropológicas e indígenas. Florianópolis: Editora da UFSC.
MURA, Fabio (2006) À procura do bom viver: território, tradição de conhecimento ecologia doméstica entre os Kaiowa. Tese ”“ Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional. UFRJ/PPGAS. Rio de Janeiro.
PEREIRA, Levi Marques (1999) Parentesco e organização social Kaiowá. Dissertação (Mestrado em antropologia). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.
SAYAD, Abdelmalek (1998) A Imigração ou os Paradoxos da Alteridade. Tradução Cristina Marachco. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
SOUZA, Ilda de e FERREIRA, Rogério Vicente (2016) “Breve Reflexão sobre a diversidade Linguística e os povos indígenas em MS” (85-113). In: Antonio Aguilera Urquiza e Antonio H. Campo Grande (Org.) Antropologia e História dos Povos Indígenas em Mato Grosso do Sul, MS: Ed. UFMS.
STF. 2018. MANDADO DE SEGURANÇA: MS 25.463/DF. Relator: Min. Cezar Peluso. Julgado em 27/09/2005. Publicado no DJ de 04/10/2005. p. 0039. Recuperado em: www.stf.jus.br. Acesso em 12/10/2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE DIREITO AUTORAL
AVISO DE DIREITOS DO(A) AUTOR(A)
A matéria publicada é propriedade da Revista e pode ser reproduzida em sua totalidade ou em parte, com indicação da fonte.
Copyright: Os autores são responsáveis por obter os direitos do autor do material utilizado.
Copyright: Os autores são responsáveis por obter o copyright, é dizer, os direitos do material utilizado. A responsabilidade pelo material publicado na Revista é do autor.
