Uma família “como Deus (e o Estado) mandam”: migrações LGTBIQ+ e cidadania sexual
Palavras-chave:
Migrações LGBTQIA , Cidadania sexual, Família, Heteronormatividade, FronteirasResumo
Este artigo pretende mostrar como as experiências migratórias de pessoas com subjetivações de gênero e sexo não normativas acentuam, complexificam e redefinem certas fronteiras construídas em torno do vínculo entre sujeito e Estado: de um lado, a fronteira que separa cidadãos de migrantes/estrangeiros, de outro, aquele que separa as subjetivações sexuais genéricas legítimas e ilegítimas para o acesso à cidadania sexual. No que diz respeito à dimensão sexo-gênero desse vínculo, essa exploração é realizada por meio de vivências relacionadas a um lócus específico: a família. Propomos mostrar, a partir da experiência específica de um migrante LGTBIQ+ de origem peruana residente em Santiago do Chile, como se produz essa dupla tensão da relação entre sujeito e Estado a partir do vínculo cidadão, e também como ele resiste, para refletir, no final do texto, sobre as potencialidades dessa tensão de duas faces.
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