Matizes políticas e culturais na criação do Museu Wanderley Pinho (Recôncavo Baiano ”“ 1968-1971)
DOI:
https://doi.org/10.26512/museologia.v8i16.24621Palavras-chave:
Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, Patrimônio Cultural, Museu RuralResumo
O presente artigo trata criação do Museu Wanderley Pinho (1968-1971), caso específico ao campo museológico na Bahia. A problematização geral versa sobre a centralização da salvaguarda como prática pública pondo em jogo temas mais abrangentes do que a simples conservação física de bens materiais do passado, portanto, em campo político de efeitos sobre o cultural. A materialidade que caracteriza o espaço Engenho/Museu é o fio condutor da análise, pautada em diversas fontes documentais, confluindo a linha teórico-metodológica que advoga as instituições museus como campos discursivos, espaços de interpretação e arenas políticas incidindo sobre as práticas patrimoniais. Observamos as articulações entre instituições, estratégias, agentes, discursos, procedimentos e o nível da ação em condições determinadas. Conclui-se que, a narrativa museográfica trilhou decisões e seleções de modo que o uso do passado manteve a tradição ideológica de um grupo, reunindo, através da figura de José Wanderley de Araújo Pinho, o museu rememorativo de uma camada particular da sociedade baiana.
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