Apontamentos sobre narrativas nos Museus Afro-Brasileiros
DOI :
https://doi.org/10.26512/museologia.v11i22.44697Mots-clés :
Museus afro-brasileiros; população negra; representação: museologia: relações raciais.Résumé
Este artigo apresenta um mapeamento dos museus afro-brasileiros no cenário museológico brasileiro contemporâneo e busca a partir das informações contidas no Guia Brasileiro de Museus (2011) e no Cadastro Nacional de Museus (2016) do Instituto Brasileiro de Museus, identificar suas similitudes e diferenças quanto a narrativas históricas, as vertentes museológicas e enquanto ferramentas de preservação e valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, de enfrentamento ao racismo e de promoção da igualdade racial.
Téléchargements
Références
ABREU, Regina. A fabricação do imortal: memória, história e estratégias de consagração no Brasil. Rio de Janeiro: Lapa/Rocco, 1996.
ABREU, Regina. Museus no contemporâneo: entre o espetáculo e o fórum. In: OLIVEIRA, Ana Paula de P. L. de & OLIVEIRA, Luciane M.(orgs). Sendas da Museologia. Ouro Preto/MG;UFOP,2012 p.11- 26 154p.
BITTENCOURT JUNIOR, I. In: MATTOS, J.R. (org). Museus e africanidades. Porto Alegre,RS: Edições Museu Julio de Castilhos, 2013
BRASIL. Lei 10.639 de 03 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. 2003.
BRASIL. Parecer CNE/CP 003/2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 2004.
BRASIL. Lei 11.645 de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. 2008.
BRITTO, Clovis C. “Nossa maçã é que come a Eva”: a poética de Manoel de Barros e os lugares epistêmicos das Museologias Indisciplinadas no Brasil. Tese apresentada no Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia para a obtenção do título de Doutor, orientado por Mário Moutinho, Lisboa. 2019
BRITTO, Clovis C. O silêncio dos atabaques? Arte pública de matriz africana e memória topográfica em perspectiva. 9 (2),167-170. Revista Mosaico, 2016.
BRITTO, B.R.P. Sociedade: mulher, negra e pobre: a tripla discriminação. Teoria e Debate, n. 36, 1997
BULHÕES, Girlene Chagas. Museus para o esquecimento: esquecimento, seletividade e memórias silenciadas nas performances museais. Dissertação (Mestrado em Performances Culturais), Universidade Federal do Goiás, Goiânia, 2017.
Cadastro Nacional de Museus http://museus.cultura.gov.br/
Cantarino, Carolina. Baianas do acarajé: uma história de resistência. Patrimônio, Revista Eletrônica do Iphan, Campinas, SP, 20 set. 2005.
CANTO, Vanessa S.dos. O Devir Mulher Negra: Subjetividade e Resistencia em Tempos de Crise do Capitalismo. Tese de Doutoramento. PUC/Rio - 2010
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=15052@1
CARDOSO, Claudia Pons. Outras Falas: Feminismo na Perspectiva de Mulheres Negras Brasileiras. Tese de Doutorado. PPGEIMGF/NEIM/FFCH/UFBA.Salvador/BA. 2012 https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/7297/1/Outrasfalas.pdf
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Estudos Avançados, São Paulo, v. 17, n. 49, p. 117-132, dez. 2003.
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: Anais do Seminário Internacional sobre Racismo, Xenofobia e Gênero. Durban, ago. 2001.
CHAGAS, M. & GOUVEIA,I. Museologia Social: Reflexões e práticas (a guisa de apresentação). In: Cadernos CEOM. Chapecó/SC, Ano 27, vol.41, p 8-14.2014
https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/download/2592/1523
COLLINS, Patricia Hill - Aprendendo com a outsider within*: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado – Volume 31 Número 1 Janeiro/Abril 2016 p.99-127
COLLINS, Patricia Hill. Black feminist thought: knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. New York/London: Routledge, 2000.
CORREA, Alexandre F. A Coleção Museu de Magia Negra do Rio de Janeiro: O Primeiro Patrimonio Etnográfico do Brasil. In: MNEME – Revista de Humanidades - Publicação do Departamento de História e Geografia da UFRN Centro de Ensino Superior do Seridó – Campus de Caicó. V. 07. N. 18, out./nov. de 2005 – Semestral em www.cerescaico.ufrn.br/mneme
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171-188, jan. 2002.
CRESWELL. J.W. Projeto de pesquisa: Métodos Qualitativo, Quantitativo e Misto. 3ªed.Porto Alegre: Artmed, 2010
CUNHA, Marcelo N.B.da. Comunicação e Representação: as minorias étnicas e sociais em museus. In: OLIVEIRA, Ana Paula de P. L. de & OLIVEIRA, Luciane M.(orgs). Sendas da Museologia.Ouro Preto/MG;UFOP,2012 p.27-39.
CUNHA, Marcelo N. B. DA. Teatro de memórias, palco de esquecimentos: Culturas africanas e das diásporas negras em exposições. Tese. Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP, 2006.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – Capitalismo e esquizofrenia. 2. Ed. São Paulo: Ed. 34, 2011.
ESCOBAR, Giane.V. “Para encher os olhos”: Identidades e Representações Culturais das Rainhas e Princesas do Clube Treze de Maio de Santa Maria no Jornal A Razão (1960-1980). Tese. Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria/RS, 2017.
ESCOBAR, Giane V. Os dispositivos comunicacionais do Museu Comunitário Treze de Maio de Santa Maria: movimento negro em movimento da praça pública à internet. Anais da Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia – X Alcar 2015 file:///C:/Users/Professor/Downloads/GTMIDAL_ESCOBAR-%20Giane.pdf www.ufrgs.br/alcar2015
ESCOBAR, Giane V. Clubes Sociais Negros: Lugares de Memória, de Resistência Negra, Patrimônio e Potencial. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria/RS, 2010.
FREIRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala; formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1980.
GOMES, Nilma. L. O Movimento Negro e Educação: Ressignificando e Politizando a Raça. 33 (120), p. 727-744. Educação e Sociedade, 2012.
GONÇALVES, José Reginaldo dos Santos. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Rio de Janeiro: Ministério da Cultura/Iphan/Demu, 2007.
GONÇALVES, José Reginaldo dos Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/IPHAN, 1996.
GONÇALVES, P. B. Africanidades Brasileiras: esclarecendo significados e definindo procedimentos pedagógicos. In: Revista do Professor. Porto Alegre/RS, ano 19, vol.23, p 26-30, jan/mar., 2003.
Guia dos Museus Brasileiros/ 2011
http://www.museus.gov.br/guia-dos-museus-brasileiros/
GUIMARÃES, A.S.A Classes, Raças e Democracias. São Paulo. Editora 34. 2012.
HALL, Stuart. A identidade cultural na Pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
JULIÃO, Letícia. Apontamentos sobre a História dos Museus. In: Caderno de Diretrizes Museológica I, Brasília: MInC/Iphan/ Demu. Belo Horizonte: SEC/Superintendência de Museus. 2006.2ª. edição. p 13-32.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação – Episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro, Cobogó.2019
LEITE, Pedro P. Casa Muss-amb-ike: O Compromisso no processo museológico, Tese de Doutoramento em Museologia, Lisboa, ULHT, 2011. Disponível em: http://recil.grupolusofona.pt/handle/10437/4653
LODY, R. Negro no Museu Brasileiro: Construindo Identidades. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005
MENEZES, Ulpiano T. B. DE. A exposição museológica: reflexões sobre pontos críticos na prática contemporânea. Ciência em Museus, n. 4, p. 103–127, 1992.
MIGNOLO, Walter. (2018). Museus no horizonte colonial da modernidade. Garimpando O Museu (1992) de Fred Wilson. 7(8). Revista Museologia & Interdisciplinaridade. Acessado em https://periodicos.unb.br/index.php/museologia/article/view/17751/16263
MIGNOLO, Walter D. (2008). Desobediência Epistêmica: a opção descolonial e o Significado de Identidade em Política. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, nº 34, p. 287-324.
MOUTINHO, Mario C.. Definição evolutiva de Sociomuseologia. Lisboa/Setúbal: Atelier Internacional do MINOM, 2007.
MUNANGA, Kabenguele; GOMES, N. L. O Negro no Brasil de Hoje. São Paulo: Global, 2006.
NASCIMENTO, Abdias. O Quilombismo, 2ª Ed. ( Brasília/Rio: Fundação Cultural Palmares/ OR Editor, 2002, p.146-149.
Disponível em: http://www.abdias.com.br/museu_arte_negra/abdias_man.htm
PAIVA, Andréa Lúcia da Silva de. Os Fios do Trançado: um estudo antropológico sobre as práticas e as representações religiosas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos no Rio de Janeiro. Tese. PPGSA/IFCS/UFRJ, Rio de Janeiro, 2009.
PINTO, Ana F. M. Imprensa Negra no Brasil do século XIX. São Paulo, Editora Selo Negro, 2010.
PINTO, Ana F. M. & FREITAS, Felipe da Silva. Luiza Bairros, Uma “Bem Lembrada” Entre nós 1953-2016. Revista Afro-Ásia, 55 (2016), p. 215-276.
Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/24316
POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos, v. 2, n. 3, p. 3–15, 1989.
PRIMO, Judite. O social como objecto da Museologia. In: Cadernos de Sociomuseologia. Lisboa/Portugal, ano 3, vol47, p5-28, 2014.
Disponível em: https://www.academia.edu/7481049/O_Social_como_objeto_da_museologia
REIS, José J. Identidade e Diversidade Étnicas nas Irmandades Negras no Tempo da Escravidão. Tempo, Rio de Janeiro, vol. 2, n°. 3, 1996, p. 7-33.
SANTOS, Deborah S. Museologia e Africanidades: Experiências museológicas de mulheres negras em museus afro-brasileiros. Tese. Museologia. Lisboa, ULHT, 2021.
Disponível em: https://recil.ensinolusofona.pt/bitstream/10437/11990/1/tese%20final%20com%20j%C3%BAri%20Deborah%20Santos.pdf
SANTOS, Deoscóredes Maximiliano dos. História de Um Terreiro Nagô. Editora Max Limonad. 1988.
SANTOS, Maria C. T. M. Reflexões sobre a Nova Museologia. In: SANTOS, M. C. T. M. (Ed.). Encontros Museológicos - reflexões sobre a Museologia, a educação e o museu. Rio de Janeiro: MinC/IPHAN/DEMU, 2008b. p. 69–98
SANTOS, Myriam. S. dos. Entre o tronco e os Atabaques: a representação do negro nos Museus Brasileiros. In: Colóquio Internacional Projeto UNESCO no Brasil: 50 anos depois. Salvador, jan. 2004.
SCHWARCZ, Lilian M. O Espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870 – 1930. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.
SCHWARCZ, L. M. A “Era dos Museus de Etnografia” no Brasil: O Museu Paulista, o Museu Nacional e o Museus Paraense em finais do XIX. In: FIGUEIREDO, B. G.; VIDAL, D. G. (Org.). Museus: dos gabinetes de curiosidades à museologia moderna, p.113-136.Belo Horizonte- Brasília, Argumentum CNPq 2005
SILVA, Nelson F. I. Museu Afro-Brasil no Contexto da Diáspora: Dimensões contra-hegemônicas das Artes e Culturas Negras. Tese. VIS/UnB. 2012.
Disponível em: http://repositorio.unb.br/simple-search?query=nelson+fernando+inocencio+da+silva&submit=Ir
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Museologia & Interdisciplinaridade 2022
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.