Musealizar a queda
DOI:
https://doi.org/10.26512/museologia.v9i18.34557Palabras clave:
Escultura. Ativismo. Estudos decoloniais. História da arte.Resumen
Este artigo investiga como as recentes derrubadas de estátuas de escravagistas e colonizadores pelo movimento Black Lives Matter, resvala na arte e em seus pilares institucionais. Sugiro que o ativismo político, que surge do performativo da derrubada desses monumentos, tem um caráter afirmativo que, uma vez suficientemente escutado e reverberado, se torna uma virada estética na função das estátuas. Inserida nos movimentos experimentais e de vanguarda, a escultura se afasta do figurativo, rumo ao minimalismo, Ã escultura social, entre outras atuações, Ã s quais Lucy Lippard e John Chandler denominaram de a desmaterialização da obra de arte. Sem nem por isso apaziguar o levante antirracista, sugiro que sua ação seja percebida também em sua potência artística, para que estremeça também as bases históricas da arte e percebamos que o que está em jogo é uma operação estética que, de forma alguma, se basta na representação identitária. Ao longo dessa proposição, me utilizo de textos e conceitos de Denise Ferreira da Silva, Achilles Mbembe, James Baldwin, entre outros. Realizo paralelamente um ensaio fotográfico de artistas brasileiros, cuja obra nos ajude a problematizar os protagonismos coloniais, racialização e o agenciamento da branquitude.
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Citas
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