Porque a Educação Museal é Formal

uma proposta de reflexão sobre o compromisso educacional dos museus e demais processos museais.

Autores

  • Valdemar de Assis Lima

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v14i27.56803

Palavras-chave:

Educação museal. Educação formal. Museus. Processos museais. Museologia.

Resumo

escolas e museus são espaços de produção e reelaboração de subjetividades e de expansão do sentipensamento das pessoas, em sua atribuição de sentidos a si mesmas, às coisas, aos lugares, à vida. Museus e escolas são espaços potenciais para experiências de significação (e ressignificação) da realidade e para que as pessoas interfiram positivamente na sociedade. Debater o caráter formal da Educação Museal se nos parece condição sine qua non para entendermos como esse modal de educação emancipatória, fomentadora da autonomia dos sujeitos educandos, lhes oferece condições de construir, de forma livre e autônoma, mecanismos e estratégias dialogais de usufruto social da memória. Igualmente, nos propomos a pensar a educação formal diferente da escolarização, como normalmente é referenciada, mas, partindo do princípio de que a educação é, em si mesma, um processo intencional e sistêmico, que organiza o pensamento pedagógico em função da formação para a transformação e que participa no desenvolvimento humano individual e coletivamente.

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Publicado

2025-11-01

Como Citar

de Assis Lima, V. (2025). Porque a Educação Museal é Formal: uma proposta de reflexão sobre o compromisso educacional dos museus e demais processos museais. Museologia & Interdisciplinaridade, 14(27), 35–48. https://doi.org/10.26512/museologia.v14i27.56803

Edição

Seção

Dossiê A dimensão educativa dos museus: perspectivas políticas, poéticas e pedagógicas