Pensamento decolonial

fundamento ético-epistemológico para a luta antirracista na construção de um sistema-mundo biófilo

Autores

  • Valdemar de Assis Lima

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v11i22.43498

Palavras-chave:

decolonialidade; antirracismo; epistemologia; memória.

Resumo

Neste trabalho, mobilizamos o pensamento decolonial para a construção da luta antirracista em favor de um sistema-mundo biófilo. A teoria crítica decolonial aposta na possibilidade de produção de conhecimento crítico, que emerge dos movimentos sociais articulados na luta contra a opressão colonial/capitalista/moderna. Pela defesa do direito de existir e de performar suas subjetividades, corporeidades e de produzir conhecimentos outros e formas outras de organização da vida e do viver, historicamente, o artigo tem o objetivo de defender a decolonialidade como pensamento ético-epistemológico profícuo para a superação do racismo estrutural e das relações de poder vigentes.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O Perigo de Uma História Única. 1ª ed, Companhia das Letras, São Paulo, 2009.

BAIRROS, Luiza. Lembrando Lélia Gonzalez. Afro-Ásia, n. 23, p. 341-361, 2000.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. “Ideias-força” do Pensamento de Boaventura Sousa Santos e a Educação Intercultural. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 32, n. 1, p. 15-34, jan./mar, 2016.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em Direitos Humanos. Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, jan.-mar. 2012.

CHAGAS, Mário de Souza. Memória e poder: dois movimentos. Cadernos de Sociomuseologia, v. 19, n. 19. p. 43-81, jun. 2002. Disponível em: https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/367, Acesso em: 16/06/21.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Edufba. Salvador, 2008.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92/93, p. 69-82, jan./jun. 1988.

MALDONALDO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMES, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá. Siglo del Hombre Editores; Universidad Central; Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontifi cia Universidad Javeriana; Instituto Pensar, 2007.

MIGNOLO, Walter. (org.). et. al. Des-colonidad del ser y del saber. (vídeos indígenas y los limites coloniales de la izquierda en Bolívia). 1ª Ed. – Buenos Aires: Del Signo, 2005.

MOURA, Clóvis. Cem Anos de Abolição do Escravismo no Brasil. Revista Princípios, n. 15, p. 5-10., mai. 1988. Disponível em: https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/cultura/67546/clovis-moura-da-exploracao-a-libertacao-legado-de-zumbi-e-de-autonomia-do-povo-preto. Acesso em: 08/06/21.

OLIVEIRA, Luiz Fernandes de. História da África e dos africanos na escola: desafios políticos, epistemológicos e identitários para a formação de professores de História. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2012, 320 p.

PALERMO, Zulma. A opção decolonial como um lugar-outro de pensamento. Entrevista a Tereza Spyer, Henrique Rodrigues Leroy e Leo Name. Epistemologias do Sul: Pensamento Social e Político em/desde/para América Latina, Caribe, África e Ásia. Dossiê: Giro decolonial, Parte 2: Gênero, raça, classe e geopolítica do conhecimento. v.3, n. 2, 2019. Disponível em: https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/download/2466/2132. Acesso em: 16/06/21.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade del poder y classificacion social; CASTRO-GOMES, Santiago; GROSFOGUEL, Rámon.(Orgs.) El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistêmica, mas allá del capitalismo global. Bogotá: Universidade Javeriana- Instituto Pensar/Universidade Central – IESCO – Siglo del hombres editores, 2007. p. 93 -126.

RATTS, Alex; RIOS, Flávia. Lélia Gonzalez. São Paulo: Selo Negro, 2010.

ROCHA, Gildete Paulo; ROCHA, Marlúcia Mendes. A memória do poder e o poder da memória: o palmilhar de Ponciá Vivência de Conceição Evaristo. Entreletras, Araguaína/TO, v. 3, n. 2, p. 64-74, ago./dez., 2012. Disponível em; https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/view/953/506. Acesso em: 13/05/2022.

SANTOS, Boaventura de Souza. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 63. Centro de Estudos Sociais/Universidade de Coimbra. Outubro 2002. Disponível em: http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/pdfs/Sociologia_das_ausencias_RCCS63.PDF

SILVA, Ana Célia da. Ideologia do Embranquecimento. In: As ideias Racistas, os Negros e a Educação. Série Pensamentos Negro em Educação. V.1, Editora Atilènde. Florianópolis, 2019.

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio; OSCAR, Luisa Belotti. Referenciais teórico-metodológicos nas pesquisas em história da educação: para uma história das relações entre sensibilidades, tempo livre e formação. Revista Esboços, Florianópolis, v. 21, n. 31, p. 171-193, ago. 2014.

THOMPSON, Edward. A miséria da Teoria. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

TORRE, Saturnino De La. Sentipensar: estrategias para un aprendizaje creativo. Barcelona: Mimeo, 2001

WALSH, Catherine. Pedagogías Decoloniales (Tomo II). Prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Ecuador: editorial Abya-Yala, 2017.

Downloads

Publicado

2022-11-20

Como Citar

de Assis Lima, V. (2022). Pensamento decolonial: fundamento ético-epistemológico para a luta antirracista na construção de um sistema-mundo biófilo. Museologia & Interdisciplinaridade, 11(22), 64–78. https://doi.org/10.26512/museologia.v11i22.43498

Edição

Seção

Dossiê Museu e Patrimônio das Culturas Afrodiaspóricas