O Museu da Imigração do Estado de São Paulo e as memórias de violência
DOI:
https://doi.org/10.26512/museologia.v10i20.36422Palavras-chave:
Museu da Imigração, Direitos Humanos, Memória, Trauma, DiscursoResumo
Compreendendo que os museus podem ser, também, lugares de mobilização e enfrentamento de memórias que nos remetem a histórias marcadas por graves violações de direitos humanos, propomos analisar a exposição de longa duração do Museu da Imigração do Estado de São Paulo a partir de tais questionamentos: Sendo o processo de migração no Brasil marcado historicamente por um sem número de violências, o discurso produzido e veiculado pelo Museu o coloca dentro ou fora da categoria de lugar de memória traumática? A instituição apresenta ao público um discurso sobre a história e memória da imigração em São Paulo a partir de eixos como o desenvolvimento da metrópole cosmopolita e a criação de uma identidade nacional pluricultural, já presentes na exposição permanente do extinto Memorial do Imigrante, mas como estão articuladas as memórias de violência e trauma nesta nova narrativa?
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