José Saramago, patrimônio e memória

um legado de rebeldia e irreverência

Autores

  • Gislene Teixeira Coelho Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v10i19.34762

Palavras-chave:

Literatura, Memória, Representação, Desmonumento, José Saramago

Resumo

 Este artigo objetiva refletir sobre a relação entre a literatura, as representações da memória e o desmonumento, destacando um exercício de crítica e irreverência literária em direção às representações monumentais e monumentalizadas. Para tanto, vale-se de peças imponentes e monumentais do discurso histórico e mnemônico português e das obras Memorial do Convento e Viagem a Portugal, de José Saramago, que recepcionam, em igual medida e valor, a tradição monumental e histórias interditas, menorizadas e esquecidas. Salientar-se-á a herança político-ideológica dos emblemáticos anos 1940, em que identidade, memória e monumento se conjugam para fundamentar um discurso grandiloquente de nação, história e nacionalidade, com notórios eventos político-culturais a fim de preservar, honrar e perpetuar o passado português.  Como resposta a esse legado, sobretudo a partir das duas últimas décadas do século XX, a literatura portuguesa contemporânea, representada por Saramago, suspende a autoridade dos registros mnemônicos oficiais, enfrentamento o poder do discurso empreendedor da totalidade, monumentalidade e poder.

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Publicado

2021-05-31

Como Citar

Coelho, G. T. (2021). José Saramago, patrimônio e memória: um legado de rebeldia e irreverência. Museologia & Interdisciplinaridade, 10(19), 430–445. https://doi.org/10.26512/museologia.v10i19.34762