As exposições curriculares como prática acadêmica na escola de museologia da UNIRIO

autonomia e experimentações comunicacionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v9iEspecial.32702

Palavras-chave:

exposições curriculares; museografia; prática acadêmica; escola de museologia da UNIRIO

Resumo

A análise da trajetória do Curso de Museus e a inclusão das exposições curriculares no currículo oficial da escola de museologia da UNIRIO permite-nos ampliar uma reflexão sobre contextos e conjunturas que cooperaram para a consolidação do curso e desses exercícios práticos como parte integrante da capacitação de profissionais para a área. Inserido num contínuo histórico de transmigrações culturais europeias, entre as quais as coleções institucionalizadas, o curso de museus surgiria de forma pioneira dentro do Museu Histórico Nacional, criado no afluxo da busca nacionalista da década de 1920. Para além do aspecto técnico das sistematizações taxonômicas, o curso conseguiria ao longo dos quase meio século em que permaneceria no MHN, harmonizar prática museográfica e teoria museológica, transferindo-se em 1978 para universidade. Efetivadas no currículo oficial da escola de Museologia, as exposições curriculares ratificaram-se como práticas acadêmicas fundamentais para atuar na comunicação de uma relação simbólica com a sociedade.

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Publicado

2020-12-09

Como Citar

de Uzeda, H. C. (2020). As exposições curriculares como prática acadêmica na escola de museologia da UNIRIO: autonomia e experimentações comunicacionais . Museologia & Interdisciplinaridade, 9(Especial), 161–179. https://doi.org/10.26512/museologia.v9iEspecial.32702

Edição

Seção

Museus, Museologia, Comunicação, Recepção