REPETIR-REPETIR ATÉ FICAR DIFERENTE”
PRÁTICAS DESCOLONIAIS EM UM BLOG EDUCACIONAL
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v18i2.5788Palavras-chave:
Educação linguística, Descolonialidade, Entextualização, EscalaResumo
Conceitos contemporâneos como “des-pensar” (Santos, 2010), “desnaturalizar o pensamento” (Mignolo, 2006), “descolonizar o saber, o conhecimento e o poder” (Grosfoguel 2011; Santos, 2010; Quijano, 2000), e “desinventar as línguas” (Makoni e Pennycook, 2007), entre outros, sinalizam múltiplos descentramentos captados pela expressão giro decolonial ”“ termo empregado para aludir à crítica a diferentes formas de colonialismo ainda vigentes em diferentes contextos. Vinculado a processos de questionamento de verdades e certezas da “modernidade” em geral, o termo também problematiza a visão monolíngue e monomodal que costuma subjazer a nossas crenças, percepções e ações envolvendo a linguagem e seu funcionamento. Este artigo tem por objetivo refletir pontualmente sobre algumas implicações da metáfora da descentralização ”“ tão em voga nos dias atuais ”“ para práticas pedagógicas e processos de ensino-aprendizagem em geral em sua relação com práticas linguageiras. A reflexão, encaminhada a partir de dados gerados etnograficamente em um blog educacional, mostra que oportunidades de emergência de momentos críticos educacionais podem interromper a reiteração de estereótipos coloniais.
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