Educação linguística crítica por meio de práticas suleares no ensino de língua inglesa com crianças
educando pelas "brechas” do Material Rioeduca
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v26i1.58171Palavras-chave:
educação linguística crítica, decolonialidade, práticas suleares, brechas, Material Rioeduca de Língua Inglesa, 5º anoResumo
À luz da perspectiva da educação linguística crítica (Tilio & Rocha, 2024), da decolonialidade (Maldonado-Torres, 2018; Walsh, Oliveira & Candau, 2018), do sulear (Silva Júnior, 2022) e de uma adaptação do conceito de "brechas” (Duboc, 2014), este artigo analisa um excerto de uma unidade didática do Material Rioeduca de Língua Inglesa para o 5º ano do Ensino Fundamental, de 2023, utilizado em escolas públicas da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Embora a análise do material evidencie uma valorização do Sul Epistêmico, o caráter do Norte Global se faz presente em determinadas referências acerca da cidade do Rio de Janeiro. Diante deste cenário, busca-se SULear o ensino de língua inglesa por meio de propostas de atividades desenvolvidas em uma turma do 5º ano com o objetivo de problematizar o caráter ideológico que NORTEia o material didático em questão.
Downloads
Referências
DUBOC, A. P. M. Letramento Crítico nas Brechas da Sala de Aula de Línguas Estrangeiras. In: TAKAKI, N; MACIEL, R. F. (Orgs.). Novos Letramentos em Terra de Paulo Freire. São Paulo: Pontes, 2014, p. 209-229.
FAIRCLOUGH, N. Discourse and Social Change. Cambridge: Polity Press, 1992.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.
FREIRE, P. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. São Paulo, SP: Paz e Terra, 1992.
hooks, b. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcello Brandão Cipolla. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
MALDONADO-TORRES, N. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007. p. 127-167.
MALDONADO-TORRES, N. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, R. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018, p.31-61.
MENEZES, D. de A. Educação Linguística em língua inglesa com crianças e translinguagem: reflexões a partir de materiais didáticos para crianças de 6 anos. Revista Leia Escola, v. 24, n. 2, p. 178-194, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.5281/zenodo.14053080. Acesso em: 30 abr. 2025.
MIGNOLO, W. Os esplendores e as misérias da “ciência”: colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluri-versalidade epistémica. In: BOAVENTURA, S. S. (Org). Conhecimento Prudente para uma Vida Decente: ‘Um Discurso sobre as Ciências’ revisitado. 2. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2003, p. 667-707.
MIGNOLO, W. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade. In: Conselho Latino-americano de Ciências Sociais. (Ed.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, 2005, p. 35-54. Disponível em: https://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624094657/6_Mignolo.pdf. Acesso em: 21 jul. 2024.
MIGNOLO, W. Desprendimento epistemológico, emancipación, liberación, descolonización. In: MIGNOLO, W. Desobediência epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Coleccíon Razón Política. Buenos Aires, Argentina: Ediciones del Signo, 2010, p. 9-17.
QUIJANO, A. Colonialidad del poder y clasificación social. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007. p. 93-126.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Subsecretaria de Ensino. Coordenadoria de Educação. Material Rioeduca de Língua Inglesa. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em https://multirio.rio.rj.gov.br/materialrioeduca. Acesso em: 12 set. 2023.
SILVA JÚNIOR, A. C.; MATOS, D. C. V. da S. Linguística Aplicada e o SULear: práticas decoloniais na educação linguística em espanhol. Revista Interdisciplinar Sulear, Dossiê Sulear, ano 2, n. 2, set. 2019. Disponível em: http://revista.uemg.br/index.php/Sulear/article/view/4154. Acesso em: 27 ago. 2024.
SILVA JÚNIOR, A. C. Sulear. In: MATOS, D. C. V. S.; SOUSA, C. M. C. L. L. (Org.). Suleando conceitos e linguagens: decolonialidades e epistemologias outras. Campinas, SP : Pontes Editores, 2022, p. 339- 349.
TILIO, R. C.; ROCHA, C. H. Educação linguística crítica para a transformação social radical: discussões sobre letramentos, criticidade e afeto em tempos de barbárie. DELTA: Documentação E Estudos Em Linguística Teórica E Aplicada, v. 40, n. 1, p. 1-32, 2024. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/delta/article/view/57244. Acesso em: 30 abr. 2025.
TONELLI, J. R. A. Do ensino de inglês para crianças à educação linguística em língua inglesa com elas: reflexões teóricas e redirecionamentos epistemológicos sob vozes múltiplas. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 62, n. 1, p. 58–73, 2023. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8670567. Acesso em: 30 abr. 2025.
WALSH, C.; OLIVEIRA, L. F.; CANDAU, V. M. Colonialidade e pedagogia decolonial: Para pensar uma educação outra. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 26, n. 83, 2018. Disponível em: https://epaa.asu.edu/ojs/article/ view/3874. Acesso em: 21 jul. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Patricia Helena da Silva Costa, Lucia Rosado Barcia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores/as mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution 4.0 International license que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
