Representação de violência para a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais universitárias: estudo à luz da Análise do Discurso Crítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/les.v21i2.31849

Palavras-chave:

Violência, LGBT, Análise do Discurso Crítica, Interseccionalidade

Resumo

O objetivo do artigo é analisar as formas de conceituar violência por parte de membros da comunidade universitária de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e outras identidades. Pesquisa qualitativa, exploratória e descritivo-interpretativa. Foram feitas entrevistas com roteiro semiestruturado e as análises foram empreendidas a partir da Análise do Discurso Crítica. As definições de violência construídas pela comunidade LGBT+ universitária, identificou-se atravessamentos de diversas ordens de discursos para elaboração do saber sobre o tema: religioso, jurídico, estruturalista e biomédico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Celina Maria Modena, Instituto René Rachou ”“ Fundação Oswaldo Cruz

Doutora em Ciências pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto René Rachou ”“ Fundação Oswaldo Cruz.

Maria Carmen Aires Gomes, Universidade Federal de Viçosa

Doutora em Estudos Linguísticos/Análise do Discurso pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora Associada da Universidade Federal de Viçosa. Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Línguísticos da Faculdade de Letras - Universidade Federal de Minas Gerais.

Thalita Rodrigues, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Estudos Psicanalíticos pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestra em Psicologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais e Especialista em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal de Minas Gerais. Coordenadora da Comissão de Psicologia e Relações Étnico-raciais do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais.

Referências

ARENDT, H. Da violência. São Paulo: Record, 2004.

BONAMINO, A. et al. Os efeitos das diferentes formas de capital no desempenho escolar: um estudo à luz de Bourdieu e de Coleman. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 15, n. 45, p. 487-499, dez. 2010.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: Disfel, 1989.

BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 30 maio. 2020.

BUTLER, J. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003 [1990].

BUTLER, J. Regulações de gênero. Cad. Pagu, Campinas, n. 42, p. 249-274, jun. 2014.

BUTLER, J. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2015a.

BUTLER, J. Quadros de Guerra: quando a vida é passível de luto. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015b.

BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa da assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

CAMPOS, R. O. Fale com eles! o trabalho interpretativo e a produção de consenso na pesquisa qualitativa em saúde: inovações a partir de desenhos participativos. Physis, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p. 1269-1286, dez. 2011.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Formas de violência contra a mulher. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/lei-maria-da-penha/formas-de-violencia. Acesso em: 09 Jan. 2020.

CREMSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista de Estudos Feministas, v. 7, n. 12, p. 171-88, 2002.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasília: UnB. 2001.

FARIA, M. A. A luta é coletiva, mas a resistência é individual? Violências vivenciadas e estratégias de enfrentamento construídas pela comunidade universitária de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e outras identidades. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) ”“ Instituto René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz, 2012. 188 f.

FERREIRA NETO, J. Micropolítica em Mil Platôs: uma leitura. Psicologia USP, v. 26, n. 3, p. 397-406, Dez. 2015.

GANGLIANONE, I. Reconhecimento e violência ética. O Benedito, 21 Mar. 2016. Disponível em: https://obenedito.com.br/reconhecimento-e-violencia-etica/. Acesso em: 19 jan. 2020.

HOLANDA, A. B. Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Positivo, 2017.

LADEIA, P. S. S.; MOURÃO, T. T.; MELO, E. M. O silêncio da violência institucional no Brasil. Rev. Méd. Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 26, supl. 8, p. 398-401, 2016.

MAGALHÃES, S. M. Poder e violência: Hannah Arendt e a Nova Esquerda. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) ”“ Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília. 2008. 128 f.

MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social - Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

MINAYO, M. C. S. Violência e saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2006.

MINAYO, M. C. S. Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Rev. Pesq. Qualitativa, São Paulo, v. 5, n. 7, p. 1-12, Abr. 2017.

MINGO, A.; MORENO, H. Sexismo em la universidad. Estud. sociol, México, v. 35, n. 105, p. 571-595, dez. 2017.

MORAES, D. S.; SILVEIRA JUNIOR, L. A. S.; LUCKOW, H. I. As trajetórias escolares de alunos LGBT: um levantamento de produções bibliográficas. In: XII EDUCERE ”“ PUC-PR, Curitiba, 2015.

MOREIRA FILHO, J. L. Kitconc 4.0. 2008. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dl/li/x/?p=394. Acesso em: 03 out. 2019.

ODORISSIO, R. M. Fraseologia em corpus oral e escrito: a linguagem culinária em rede sob a lente da Linguística de Corpus. ReVEL, v. 15, n. 29, 2017.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório mundial sobre violência e saúde. Genebra: OMS, 2002.

RAMALHO, V.; RESENDE, V. M. Análise de discurso (para a) crítica: o texto como material de pesquisa. Campinas: Pontes Editores, 2011.

RESENDE, V. M. Análise de discurso crítica e etnografia: o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, sua crise e o protagonismo juvenil. Tese (Doutorado em Linguística) ”“ Instituto de Letras / Universidade de Brasília, 2008, 166 f.

RODRIGUES, T. Concepções de violências e interseccionalidade: análise em um Centro de Referência de Atendimento à mulher em situação de violência. 2015. 201 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) ”“ Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, 2015.

SCHRAMM, F. R. Violencia y práctica ética. Salud Colectiva, v. 5, n. 1, p. 13-25, abr. 2009.

SILVEIRA, D. T.; CÓRDOVA, F. P. A pesquisa científica. In: GERHARDT, T.; SILVEIRA, D. T. (orgs.). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 2009.

VIEIRA, P. População negra e a luta diária pelo direito à saúde. Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades. 2015. Disponível em: https://www.ceert.org.br/noticias/saude/7783/populacao-negra-e-a-luta-diaria-pelo-direito-a-saude. Acesso em: 21 jan. 2020

VINUTO, J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, Campinas, v. 22, n. 44, p. 203-220, ago./dez. 2014

Downloads

Publicado

2020-12-31

Como Citar

de Faria, M. A., Modena, C. M., Gomes, M. C. A. ., & Rodrigues, T. (2020). Representação de violência para a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais universitárias: estudo à luz da Análise do Discurso Crítica. Cadernos De Linguagem E Sociedade, 21(2), 240–259. https://doi.org/10.26512/les.v21i2.31849