Geografia e narrativas de viagem como ferramentas imperialistas
DOI:
https://doi.org/10.26512/les.v13i1.11827Palavras-chave:
narrativas de viagem. geografia. imperialismo. ideologia. cultura.Resumo
Narrativas de viagem e a geografia são consideradas, nos dias de hoje, como maneiras de conhecer povos e lugares de locais remotos do nosso mundo globalizado (Holland e Huggan, 2000: 2). Contudo, é de suma importância para o nosso entendimento do imperialismo e seu aparato reconhecer que a geografia e as narrativas de viagem foram usadas no percurso da história como ferramentas para articular a autoridade de status quo (Pratt, 1992). Este artigo traça uma breve genealogia desses gêneros textuais com o objetivo de discutir e mostrar que geografia e narrativas de viagem empregam um tipo de discurso que sustenta ideologias dominantes. Examinamos o arcabouço conceitual dessas instituições científicas, cuja aparente objetividade e inocência embaçam os conceitos hegemônicos nos quais seus discursos são fundados. Sugerimos que seus sistemas de pensamento são formados pelo contexto social que "polui" suas representações.
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Referências
Geertz, C. The Interpretation of Cultures. Basic Books: New York, 1973.
Holland, P. and Huggan, G. Tourists with typerwriters: Critical reflections on Contemporary Travel Writing. University of Michigan Press, 2000.
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Stafford, R. A. “Scientific Exploration and Empire”, The Oxford History of the British Empire (Volume III): The Nineteenth Century, Porter Andrew, ed. Oxford University Press, Oxford and New York, 1999.
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