Violações de Privacidade de Ordem Zero e Tomada de Decisão Automatizada sobre Indivíduos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v8i3.34503

Palavras-chave:

Violações de Privacidade de Ordem Zero. Privacidade. Agentes Artificiais. Dados. Informação.

Resumo

Neste artigo, é apresentada a noção de violação de privacidade de ordem zero como uma prática fundadora dentro de um novo tipo de exploração humana, a saber, o colonialismo de dados: a apropriação massiva da vida social através da extração de dados, adquirindo “território” digital e recursos dos quais pode ser extraído valor econômico pelo capital (Couldry & Mejias, 2019). A princípio, alego que as violações de privacidade não dependem da natureza dos agentes envolvidos. Os robôs leem seu e-mail, e não ter pessoas envolvidas no processo não o torna menos violento. Considera-se que o fluxo de dados coletados é melhor compreendido como uma mercadoria quando os padrões de dados limpos, bem formados e significativos são respeitados. Em seguida, sugere-se que cenários como a pandemia do covid-19 sejam um caso perfeito para expandir a vigilância por meio de aplicativos de rastreamento. Empresas e governos com tendências pré-existentes ao sigilo, autoritarismo capacitado pela tecnologia, e austeridade capitalizam estratégias de desinformação. Finalmente, são feitas observações sobre o valor da criptografia e exclusão estratégica como medidas para reforçar a privacidade.

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Biografia do Autor

Bernardo Alonso, Universidade Federal do Mato Grosso, UFMT

Professor of epistemology at the Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). PhD in philosophy from the Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Publicado

31-01-2021

Como Citar

ALONSO, Bernardo. Violações de Privacidade de Ordem Zero e Tomada de Decisão Automatizada sobre Indivíduos. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 8, n. 3, p. 69–80, 2021. DOI: 10.26512/rfmc.v8i3.34503. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/34503. Acesso em: 21 nov. 2024.