Três elefantes:
apropriações de Drummond pela poesia brasileira contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.1590/10.1590/2316-40185511Resumo
Tendo em vista a recepção criativa da obra de Carlos Drummond pela poesia brasileira contemporânea, este artigo examina os poemas “Elefante”, de Francisco Alvim, “Sentinela”, de Chacal, e “Atressi con l’orifanz”, de Eduardo Sterzi, à luz do diálogo que tais composições estabelecem com “O elefante” de A rosa do povo (1945). Entre outros deslizamentos em relação à fonte drummondiana, destacam-se a feminização do animal como meio de acesso à esfera mítica, em Alvim; a interiorização do périplo paquidérmico, em Chacal, e a violência como modo compositivo, em Sterzi.
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