Notas sobre o conceito de texto na linguística ecossistêmica

Authors

  • Hildo Honório do Couto Universidade de Brasília

Keywords:

Text; ecosystemic linguistis; dialogismo; communicative interaction.

Abstract

The main objective of this article is to show that the text is not the prototypical manifestation of the language activity. According to the branch of ecolinguistics known as ecosystemic linguistics, the nucleus of language is communicative interaction. Therefore, the most genuine product of this activity is the dialog. However, the text is basically monological. In this case, dialogical texts are the kind of text that most approximate the ideal of ecosystemic text, like a play. Ecosystemic linguistics looks at its object from a holistic point of view. This implies that what has been called “monological text” in our occidental culture are seen as produced by somebody in order to be read by somebody else. In other words, these texts are complete only when the cycle sender-hearer is reached, i. e., when there is a feedback from the hearer to the sender and vice-versa. Ecosystemic linguists depart from the act of communicative interaction to its parts, one of which is the text. Traditional approaches to text act the other way round, from the text in search of its conditions of production .

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Hildo Honório do Couto, Universidade de Brasília

Graduado em Letras Vernáculas pela Universidade de São Paulo (1969), mestrado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1973) e doutorado em Lingüística pela Universitaet zu Koeln (1978), Alemanha. Atualmente é Pesquisador Associado da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Fonologia, Contato de Línguas, Crioulística e Ecolingüística, atuando principalmente nos seguintes temas: contato de línguas, relações entre língua e meio ambiente (Ecollinguística). Atualmente, está desenvolvendo, juntamente com colaboradores, a versão da Ecolinguística chamada Linguística Ecossistêmica, no âmbito da Escola de Ecolinguística de Brasília. Para detalhes, ver o blog: www.meioambienteelinguagem.blogspot.com.

References

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: HUCITEC, 1981, 2ª ed. COUT0, Hildo Honório do. Ridendo discitur. Littera: Revista brasileira para professor de português e deliteatura de língua portuguesa, Ano VI, número 16, 1976, p. 32-36.
_______. Semiótica da cultura e tradução. In: Mattos, Delton de (org.). Estudos de tradutologia I. Brasília: Kontakt, 1981, p. 9-32.
_______. A redação como libertação. Brasília: Editora da UnB, 1988 (Curso de Extensão Universitária à Distância).
_______. As adivinhas crioulo-guineenses: uma perspectiva ecocrítica. In: ENDRUSCHAT, Annette & Axel SCHÖNBERGER (orgs.) Portugiesische Kreolsprachen: Entstehung, Entwicklung, Ausbau und Verwendung. Frankfurt/Main: Domus Editoria Europaea, 2005, p. 107120.
_______. As narrativas orais crioulo-guineenses. Papia 19, 2009, p. 51-68.
_______. O tao da linguagem: Um caminho suave para a redação. Campinas: Pontes, 2012.
_______. Linguística ecossistêmica. Ecolinguística: Revista brasileira de ecologia e linguagem (ECO-REBEL) v. 1, n. 1, 2015. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/15135/10836 (acesso: 16/10/2015).
_______. Ecossistema cultural. In: http://meioambienteelinguagem.blogspot.com.br/ (acesso: 10/07/17). COUTO, Hildo H. do; COUTO, Elza K. N. & BORGES, Lorena O. Análise do discurso ecológica ”“ ADE. Campinas: Pontes, 2015.
GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de semiótica. São Paulo: Cultrix, 1989, 21ed.
HALLIDAY, Michael A. K. & HASAN, Ruqaiya. Cohesion in English. Londres: Longman, 1976.
HARRÉ, Rom; Jens BROCKMEIER & Peter MÜHLHÄUSLER. Greenspeak: A study of environmental discourse. Thousand Oaks, Cal.: Sage, 1988.
HILGERT, José Gaston. A colaboração do ouvinte na construção do enunciado do falante ”“ um caso de interação intraturno. In: PRETI, Dino (org.). Interação na fala e na escrita. São Paulo: Humanitas/FFCL-USP, 2002, p. 89-124.
MARÍAS, Julián. Introdução à filosofia. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1960. MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: As bases biológicas da compreensão humana. São Paulo: Palas Athena, 9ed., 2011.
MEY, Jakob L. Sequencialidade: por uma ecologia do texto. Ecolinguística: Revista brasileira de ecologia e linguagem (ECO-REBEL), v. 2, n. 2, 2016, p. 4-14. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/erbel/ (acesso: 04/10/2016).
ROSSI-LANDI, Ferruccio. A linguagem como trabalho e como mercado. São Paulo: DIFEL, 1985. TODOROV, Tzvetan. O texto. In: DUCROT, Oswald; TODOROV, Tzvetan. Dicionário encicoplético das ciências da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 1988, p. 267-271.

Published

2017-07-28

How to Cite

Couto, H. H. do. (2017). Notas sobre o conceito de texto na linguística ecossistêmica. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 3(2), 22–36. Retrieved from https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/9677

Issue

Section

Articles

Most read articles by the same author(s)

1 2 > >>