A INADEQUAÇÃO DA “ESCRAVIDÃO” DOS OBJETOS TÉCNICOS EM SIMONDON
BREVES REFLEXÕES A PARTIR DO PENSAMENTO RADICAL NEGRO
Palavras-chave:
objetos técnicos, carne, pensamento radical negroResumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre os “objetos técnicos” sob a “escravidão” (Simondon, 2017) a partir da categoria da “carne” (Spillers, 2021). A discussão enfoca o papel ambíguo que pessoas negras ocupam dentro e fora da alteridade, destacando como o processo da escravidão é visceralmente definido pela racialização e pelos crimes cometidos contra a condição de existência dos escravizados. Argumenta-se que essa desumanização é um fator crucial para diferenciar a alienação ontológica dos "objetos técnicos" da alienação vivenciada por pessoas escravizadas e seus descendentes.
Downloads
Referências
BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo II: A Experiência Vivida, 1967.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998
FANON, Frantz. Pele Negras, Máscaras Brancas. Salvador: Edufba, 2008.
GOMES, Flávio dos Santos. Mocambos e Quilombos: Uma história do campesinato negro no Brasil. São Paulo: Claro Enigma, 2015 (Coleção Agenda Brasileira).
___ & REIS, João José (orgs.). Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
JAMES, C.L.R. Os Jacobinos Negros: Toussaint L’Ouverture e a revolução de São Domingos. São Paulo: Boitempo, 2010.
JONES, Ernest. La vie et l'œuvre de Sigmund Freud. Paris: PUF, TII, 1953.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
MOTEN, Fred. Virtual Koerner's: Moten, Callahan, Ferreira da Silva, Harney, and Paradise in Conversation. Youtube, 13 out. 2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=0LRl_fYsCn0>. Acesso em: 12 jul. 2024.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito de Marca: as relações raciais em Itapetininga. São Paulo: Edusp, 1998.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: Lander, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Conselho Latino-americano de Ciências Sociais - CLACSO, 2005.
SARTRE, Jean-Paul. A questão judaica. São Paulo: Ática, 1995.
___.. Orphée Noir (prefácio). In: SENGHOR, Léopold Sédar. Anthologie de la nouvelle poésie nègre et malgache de langue. França: PUF, 1948.
SILVA, Denise F. Curso “Luz Negra", com a professora Denise Ferreira Da Silva - aula 1. In: Youtube, 28 set. 2020. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=-47X_7XJnOU&t=8977s&ab_channel=CentroUniversit%C3%A1rioMariaAntoniadaUSP. Acesso em: 21 out. 2022.
___. O evento racial ou aquilo que acontece sem o tempo. [2016]. In: PEDROSA, Adriano; CARNEIRO, Amanda; MESQUITA, André (orgs.). Histórias afro-atlânticas: vol. 2 antologia. São Paulo: Masp, 2018.
___. A dívida impagável. São Paulo: Oficina de Imaginação Política e Living Commons, 2019. p. 85-120.
___. Homo Modernus - para uma ideia global de raça. Rio de Janeiro: Cobogó, 2022
___. Toward a global idea of race. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2007.
SIMONDON, Gilbert. On the mode of existence of technical objects. Minneapolis: Univocal Publishing, 2017.
SPILLERS, Hortense. J. Bebê da mamãe, talvez do papai: uma gramática estadunidense. In: BARZAGHI, C.; Paterniani, S.; Arias, A. (org.). Pensamento Negro Radical. São Paulo: Crocodilo, N-1 edições, 2021. p. 29-70.
VESTIBULE. In: Merriam-Webster. [Springfield: Merriam-Webster], 2023a. Disponível em: https://www.merriam-webster.com/dictionary/vestibule. Acesso em: 10/07/2024.
___. In: Cambridge Dictionary. [Cambridge: Cambridge University Press & Assessment], 2023b. Disponível em: https://dictionary.cambridge.org/us/dictionary/english/vestibule. Acesso em: 10/07/2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Das Questões
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.