A LINGUAGEM DA MULHER NEGRA: VOZES QUE TRANSCENDEM O SILENCIAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.26512/aguaviva.v3i3.12029Palavras-chave:
Linguagem; Silenciamento; Feminismo Negro; Resistência.Resumo
O presente texto busca analisar a apropriação da linguagem pelas mulheres negras como forma de construir estratégias de resistência ao silenciamento. A partir de debates teóricos relevantes ao feminismo negro, define-se o lugar de fala específico da mulher negra que é constantemente subjugada por opressões que se articulam entre si e se relacionam com fatores de gênero, raça, classe, orientação sexual, entre outros, fazendo com que ela seja considerada o Outro do Outro. Portanto, compreende-se que feministas negras se valem da potência de se autodefinir pelo uso da palavra como prática efetiva que conduz à emancipação, à reconstrução de identidades e à conquista dos direitos sociais. Ademais, a poesia negra, especificamente, arranca a máscara do silenciamento, faz do verbo barricada contra a negativização e a subalternização. É a lírica da cura que faz frente à inferiorização. É a forma do sonho de justiça que encara a desumanização, entendida como a coragem materializada em versos.
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