JUVENTUDE E MIGRAÇÃO INDÍGENA ESTUDANTIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INGRESSO E PERMANÊNCIA NA UNIVERSIDADE
DOI:
https://doi.org/10.26512/abyayala.v3i1.24708Palavras-chave:
Estudantes indígenas. Universidade. Juventude. MIgração. Ações afirmativas.Resumo
Ao observar a dinâmica do cotidiano acadêmico dos estudantes indígenas, decidi trilhar certos caminhos de interpretação que concernem ao pertencimento indígena, à experiência juvenil e às políticas de ações afirmativas voltadas para o ensino superior e direcionadas a esse público, no Brasil. Articular tais percepções me levou a refletir sobre políticas públicas para o ingresso e permanência no ensino superior e a consequente migração de jovens indígenas para centros urbanos, cujo foco da observação e, consequentemente, da análise, são os próprios estudantes universitários e o seu protagonismo para enfrentar as vicissitudes da vida universitária. Parto do suposto de que a partir do fenômeno da migração haverá a transcendência para outras realidades juvenis que passarão a vivenciar, por força das próprias trocas, materiais e simbólicas. Dessa forma, a minha intenção, foi problematizar as implicações da migração estudantil indígena para Salvador, ao ingressarem na Universidade Federal da Bahia (UFBA), identificando quais estratégias são utilizadas para a ocupação da cidade e quais as relações que persistem com as comunidades de pertencimento para a manutenção dos laços comunitários. No Brasil e na América Latina, essa nova forma de migração característica da juventude estudantil configurará um novo formato de ocupação das cidades pelas populações indígenas.
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