Brasília e a memória em registros digitais: traços da paisagem e a preservação de dados
DOI:
https://doi.org/10.26512/rici.v11.n1.2018.8474Palavras-chave:
acesso livre, coleções científicas, Dataverse, Distrito Federal, gestão de dados de pesquisa, preservação digital, reuso de dadosResumo
A gestão de dados de pesquisa, em paralelo à disponibilidade pública e informatizada de coleções científicas, contempla a emergência do problema da organização do conhecimento e do reuso de dados digitais. Neste estudo de caso, está em foco o tratamento de dados reutilizados, considerando a problematização de seu acesso futuro e estratégias de preservação digital em longo prazo. O processo de investigação, em análise, está relacionado à urbanização do território do Distrito Federal, após a implantação de Brasília, em contraposição à formação de uma memória científica local. O quadro espaço-temporal, entre 1960 a 2016, visa identificar campos de saber em construção, seus agentes e suas inter-relações a partir de séries de registros visuais, dados populacionais, cartográficos e coleções botânicas. Essas fontes estão sujeitas a políticas de acesso e de disseminação distintas, que colocam restrições ao segundo ciclo de vida dessa documentação. O reuso de dados de coleções científicas, vinculadas ao Cerrado no Distrito Federal, foi orientado por metodologia histórico-geográfica e foi objeto de requalificação analítica, com suporte de um sistema de informações geográficas. Os resultados de mapeamento em cartas temáticas podem ser visualizados na plataforma digital Dataverse, tendo em vista garantir acesso, reuso e preservação digital.
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