Você! Viu um carro alegórico, aí?
Em Busca das Mediações Socioculturais de um Artefato Artístico
DOI:
https://doi.org/10.26512/cmd.v5i2.22018Palavras-chave:
CARNAVAL CARIOCA, DESFILE DE ESCOLAS DE SAMBA, CARROS ALEGORICOS, RIO DE JANEIROResumo
Neste artigo, a finalidade de acompanhar o deslocamento dos carros alegóricos das escolas de samba do Grupo Especial, da Cidade do Samba, na Zona Portuária, até à Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro, contracena com interesse de revolver as condições nas quais se construiu o prestígio dessas peças cenográficas no carnaval da cidade. A luz das categorias de mediações socioculturais, reconhecendo-as partes de processos sociais, mas condicionados a contextos interacionais específicos, toma-se essas peças cenográficas como unidades habilitadas a constituírem dimensões subjetivas e institucionais. Com isso, dois planos empírico-analíticos são implicados: de um lado, os trabalhos requisitados nos transportes das alegorias; de outro, o fomento e consolidação de um círculo artístico específico à s tarefas de concepção e execução dos projetos estéticos de realização dos carros. Articulam-se, no desenho metodológico que informa o ensaio, observação participante e a pesquisa com fontes secundárias (em particular, títulos na área das humanidades) e iconográficas.
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