RAÍZES DA VIOLÊNCIA NO CAMPO BRASILEIRO

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Carlos Alberto FELICIANO

Abstract

O senhor Artêmio Gusmão, liderança da comunidade quilombola Maçaranduba, que já havia sido ameaçado por dois anos e com conhecimento da Secretaria de Segurança Pública do Pará (SEGUP), no início de 2016, foi assassinato e esquartejado perto de sua casa no município de Acará, noroeste do Estado. A liderança reivindicava a demarcação das terras quilombolas e por isso vinha sendo ameaçado por fazendeiros e madeireiros da região. Assim como senhor Artêmio (PA), Altamiro (RO), Paulo Justino (RO), Marcus (PA), Eusébio Ka’Apor (MA), Leidiane (PA) e mais outros indígenas, camponeses, lideranças ou não, identificados ou ainda sem identificação, retrataram a forma mais brutal da violência no campo brasileiro. No ano de 2015, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) ocorreram 50 assassinatos no campo. Esses dados materializam um processo o que o Banco de Dados Dataluta, através de seu relatório anual vem divulgando há 16 anos: a desigualdade socioterritorial e uma luta de classes onde a violência no campo é fruto de uma Questão Agrária não resolvida pela sociedade, onde a Reforma Agrária não é incorporada como uma opção de desenvolvimento para o país.


*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.

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FELICIANO, C. A. (2024). RAÍZES DA VIOLÊNCIA NO CAMPO BRASILEIRO. BOLETIM DATALUTA, 9(99). Retrieved from https://periodicos.unb.br/index.php/BD/article/view/52959
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Artigos

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