OS MOVIMENTOS DA REFORMA AGRÁRIA NO PARANÁ: RESISTÊNCIAS E INCERTEZAS DOS CAMPONESES NO COMPLEXO CAJATI EM CASCAVEL/PR
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Resumo
A questão agrária brasileira se relaciona de maneira direta com a conjuntura política do país e se materializa de diversas formas, podendo ser visualizada através do aumento das ocupações de terras e criação de assentamentos rurais, pelo montante de recursos destinados à reforma agrária ou as políticas públicas para a agricultura camponesa, também por meio da violência (direta ou indireta) que ocorre no campo, afetando camponeses e indígenas. Os últimos acontecimentos na história recente do Brasil expõe claramente a relação entre a violência no campo e conjuntura política do país. Talvez o exemplo mais significativo tenha sido o golpe político/jurídico/midiático/agrário de 2016, agravado com a eleição de Jair Bolsonaro à presidência do Brasil. Como sintomas dessa onda conservadora o Estado intensificou ações contra os camponeses, endossando a ofensiva da bancada ruralista frente aos movimentos sociais do campo. A extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e consequentemente de programas que fomentavam a produção camponesa, se inscreve neste contexto. Mais representativo ainda são os ataques aos territórios ocupados, visto diante da crescente escalada da violência no campo em todo o país desde 2016.
*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista
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Referências
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