VIOLÊNCIA E RETROCESSOS NA POLÍTICA AGRÁRIA NO PARANÁ

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Djoni ROOS
Caroline Ester MOELLMANN
Edson Luiz Zanchetti da LUZ

Resumo

No estado do Paraná o processo de desenvolvimento do sistema capitalista deixou suas marcas de violência e conflitos no campo. É possível destacar o uso sistemático da violência contra camponeses e indígenas neste estado desde o período colonial com o envio de diligências militares para assassinar os indígenas que habitavam estas terras. A Guerra do Contestado (1912-1916), a Guerrilha de Porecatu (1946-1951), a Revolta dos Colonos do Sudoeste do Paraná (1957), e, mais recentemente, os casos envolvendo o latifúndio Araupel (1996 e 2016), dentre tantos outros são também exemplares da violência que se estabelece no campo. O presente texto apresenta os conflitos agrários no estado do Paraná a partir do processo sistemático, permanente e intensificado de práticas de uso da violência contra os sujeitos sociais do campo e seu modo de vida. Neste interim, apresentaremos a violência contra os sujeitos do campo caracterizada nos dados de assassinatos ocorridos no campo paranaense (1967-2019), e no movimento de retrocessos na política agrária no Paraná, expresso na inexistência de assentamento para novas famílias e nos recentes despejos de camponeses em áreas ocupadas.


*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.

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Como Citar
ROOS, D., MOELLMANN, C. E., & LUZ, E. L. Z. da. (2019). VIOLÊNCIA E RETROCESSOS NA POLÍTICA AGRÁRIA NO PARANÁ. Boletim DATALUTA, 12(139). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/BD/article/view/52873
Seção
Artigos

Referências

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