A Experiência filosófica de Merleau-Ponty com uma não-filosofia: por que um diálogo com a psicanálise?
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v1i1.8564Palavras-chave:
Merleau Ponty, Não-filosofias, Estratégia filosófica, Psicanálise, Obscuro, EstrangeiroResumo
Este artigo tem por objetivo mostrar como o diálogo de Merleau-Ponty com a psicanálise foi fundamental em sua experiência filosófica. Para isso, devemos responder a uma questão anterior: por que um diálogo com as não-filosofias? Iremos destacar como este diálogo é constitutivo no seu modo de pensar. Trata-se no fundo de uma estratégia: de retomar o que as filosofias do seu tempo haviam excluído do seu interior. Entretanto, daremos privilégio ao diálogo com a psicanálise, isto porque o método psicanalítico e essa estratégia filosófica merleau-pontyana parece convergirem: uma busca arqueológica da relação do corpo consigo mesmo, com o mundo e com outrem. Iremos fazer um breve resumo de como o obscuro, o patológico, o mórbido etc., sempre estiveram presente na sua obra, destacando o papel da psicanálise neste percurso.
Downloads
Referências
BAAS, Bernard. De la Chose à l’Objet ”“Jacques Lacan et la Traversée de la Phénoménologie. Leuven: Peeters; Vrin, 1998.
BEAULIEU, Alain. Les démêlés de Merleau-Ponty avec Freud: des pulsions à une psychanalyse de la Nature. In: French Studies63 (3), 2009.
CANGUILHEM, Georges. Le Normal et le Pathologique. Paris: PUF, 2007.
CHAUI, Marilena. Experiência do pensamento ”“ensaios sobre a obra de Merleau-Ponty. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
FERRAZ, Marcus Sacrini A. Fenomenologia e ontologia em Merleau-Ponty. Campinas: Papirus, 2009.
FREUD, Sigmund. Conferência XXXI ”“A dissecção da personalidade psíquica. In: Obras psicológicas completas de Sigmund Freud vol. XXII. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
GREEN, Andre. Du Comportement à la Chair: Itinéraire de Merleau-Ponty. In: Critique ”“Decembre 1964. Paris: Editions de Minuit, 1964.
HEIDEGGER, Martin. Seminários de Zollikon. Petrópolis: Vozes; Educ; ABC, 2001.
HEIDEGGER, Martin. Qu’appelle-t-on penser? Paris: PUF, 1992.HESNARD, A. L’Œuvre de Freud et son Importance pour le Monde Moderne. Paris: Payot, 1960.HUSSERL, Edmund. La Crise des Sciences Européennes et la Phénoménologie Transcendentale. Paris: Gallimard, 2004.
IMBERT, Claude. Maurice Merleau-Ponty. Paris: adpf, 2005.
KLEIN, Melaine. Love, Guilt and Reparation and other works 1921-1945. New York: The Free Press, 1984. LACAN, Jacques. Écrits. Paris: Éditions du Seuil, 1966.
KLEIN, Melaine. Le Séminaire XI ”“Les quatre concepts fondamentaux de la psychanalyse.Paris: Éditions du Seuil, 1973.
KLEIN, Melaine. Maurice Merleau-Ponty. In: LACAN. Autres Écrits. Paris: Éditions du Seuil, 2001.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Être et Monde, v. VI et VII (BN), inédito, 1958-1959.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Humanisme et Terreur.Paris: Gallimard, 1947.
MERLEAU-PONTY, Maurice. L’Institution, la Passivité. Paris: Belin, 2003.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Merleau-Ponty à la Sorbonne. Dijon: Cynara, 1988.
MERLEAU-PONTY, Maurice. La Nature ”“Notes de Cours du Collège de France. Paris: Seuil, 1995.
MERLEAU-PONTY, Maurice. La Nature et Logos: le corps humain, v. XVII, inédito, 1959-1960.
MERLEAU-PONTY, Maurice. La Nature ou le monde du silence, v. VI (BN: 9587), inédito, 1957
MERLEAU-PONTY, Maurice. Notes de Cours (1959-1961).Paris: Gallimard, 1996a.
MERLEAU-PONTY, Maurice. L’œil et l’esprit. Paris: Gallimard, 2004a.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Parcours (1935-1951).Paris: Verdier, 1997.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Parcours Deux (1951-1961). Paris: Verdier, 2000a.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Phénoménologie de la Perception. Paris: Gallimard, 1967.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Le Primat de la Perception. Paris: Verdier, 1996b.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Résumés de Cours ”“Collège de France (1952-1960). Paris: Gallimard, 1968.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Sens et Non-Sens. Paris: Gallimard, 2004b.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Signes. Paris: Gallimard, 2000b.
MERLEAU-PONTY, Maurice. La Structure du Comportement. Paris: Quadrige/PUF, 2002.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Le Visible et l’Invisible. Paris: Gallimard, 2004c.
PONTALIS, J.-B. Note sur le Problème de l’Inconscient chez Merleau-Ponty.In:Les Temps Modernes. Paris, 17o. Année, no. Spécial sur Merleau-Ponty, octobre, 1961.
SARTRE, Jean. L’Être et le Néant ”“Essai d’Ontologie Phénoménologique. Paris: Gallimard, 2006.
SARTRE, Jean. Merleau-Ponty Vivant. In Les Temps Modernes. Paris, 17o. Année, no. Spécial sur Merleau-Ponty, octobre, 1961.
SAFATLE, Vladimir. O que é uma normatividade vital? Saúde e doença a partir de Georges Canguilhem. In: Scientiae studia. São Paulo, vol. 9, n.1, 2011, pp. 11-27.
SAFATLE, Vladimir; MANZI, Ronaldo Filho (Org.). A filosofia após Freud. São Paulo: Humanitas, 2008.
WAELHENS, Alphonse de. Situation de Merleau-Ponty. In: Les temps modernes. Paris, 17 année, n. Spécial sur Merleau-Ponty, octobre, 1961.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da primeira publicação para a revista. Em virtude dos artigos aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.