A disjunção enunciativa em moscou para principiantes
DOI:
https://doi.org/10.26512/vozcen.v6i02.59691Palavras-chave:
Disjunção, Tempo, Presença, Voz gravada, TeatralidadeResumo
Este artigo descreve e analisa, no estudo de caso da obra moscou para principiantes (2022), de Aline Filócomo, a disjunção enunciativa como operador metodológico e expressivo que vincula processo criativo e espetáculo, expandindo as noções de presença, tempo e escuta na cena. A dramaturgia, elaborada a partir de transcrições poéticas de conversas entre atrizes e mulheres idosas, tensiona os limites entre realidade e ficção, revelando a inação como sintoma de aprisionamentos estruturais. A incorporação de vozes gravadas e camadas sonoras desloca a relação entre corpo e palavra, instaurando um regime instável em que memória, desejo e resistência se entrelaçam na criação de mundos possíveis.
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