Não existe pecado abaixo do Equador?

Algumas considerações sobre o processo de formação da sociedade de corte no Brasil (1808-1889)

Autores

  • Enio Passiani Universidade de São Paulo (USP) / Professor

Palavras-chave:

Brasil Imperial, Sociedade de Corte, Norbert Elias, Estado Nacional Brasileiro, Escravidão

Resumo

O processo de enraizamento de uma sociedade de corte no Brasil, que ocorre ao longo dos períodos regencial e imperial, pode ser interpretado à luz de Norbert Elias, se considerarmos que esse tipo de configuração social contou com: 1) códigos e regras de sociabilidade que garantiram seu funcionamento e legitimidade, e cuja divulgação contou com o auxílio dos manuais de boa conduta, como o Código de Bom-tom, do cônego português José Inácio Roquette, publicado em Portugal, em 1845, além da difusão e o consumo de romances morais, leituras obrigatórias nos círculos aristocráticos e entre a elite carioca próxima ao Imperador; 2) e a formação do Estado nacional brasileiro, que exige, também, a discussão do papel da escravidão na constituição e manutenção do Estado imperial e da própria corte, ao mesmo tempo obstáculo para a configuração concreta de um processo civilizador no seio da sociedade brasileira.

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Biografia do Autor

Enio Passiani, Universidade de São Paulo (USP) / Professor

Professor de Teoria Social nas Faculdades de Campinas (FACAMP), mestre e doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP).

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Publicado

29-02-2016

Como Citar

Passiani, E. (2016). Não existe pecado abaixo do Equador? Algumas considerações sobre o processo de formação da sociedade de corte no Brasil (1808-1889). Sociedade E Estado, 27(3), 571–593. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5683