“Bicha não morre, vira purpurina”: performances, memórias e legado drag queen em goiânia
Palavras-chave:
Drag queen , Imagens , Legado , Memória , Morte , VisualidadeResumo
O objetivo deste artigo é refletir sobre as performances drags e os seus estilos baseados nos seus elementos visuais, definidos pelas montações no seu contexto cultural, nas quais produzem significados e imagens sobre feminilidades. As drags também ressignificam palavras no bajubá, atuando sobre a linguagem na comunidade LGBTQPNIA+. Da mesma forma que as drags nascem, elas também falecem. Seja uma morte simbólica, quando os intérpretes deixam de performar as suas drags em vida, ou a morte civil, quando os intérpretes são considerados falecidos. Diante da morte de uma drag, quais são os legados, estilos e linguagens que se perpetuam no seu público? Como método de pesquisa, utilizamos a pesquisa bibliográfica e entrevistas com drag queens que moram na cidade de Goiânia. O trabalho aborda a profissionalização da arte drag e a memória de artistas.
Downloads
Referências
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
CARLSON, Marvin. Performance: uma introdução crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
COHEN, Renato. Performance como Linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2007.
FLUSSER, Vilém. Texto/imagem enquanto dinâmica do ocidente. In: Caderno Rio Arte. Ano II, nº 5, 1996.
FOSTER, Hal (org.). Vision and visuality. Seattle: Bay Press, 1988.
GONDAR, Jô. Quatro proposições do que é memória social. In: O que é memória social? Editora Contracapa, 2005.
JESUS, Jaqueline Gomes de. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Brasília: UnB, 2012.
NUNES, Paulo Reis. Jú onze e 24: pretextos, textos e contextos de atores drag-queens em Goiânia (GO). Dissertação de mestrado em Performances Culturais. UFG: 2015.
PAVIS, Patrice. Dicionário de Teatro. Perspectiva: São Paulo, 1999.
ROLNIK. Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina. Editora da UFRGS, 2011.
SANTOS; MORAES; SILVA. BAJUBÁ: “Linguagem” como traço identitário do segmento LGBT. Monografia de licenciatura em Letras. UNIFAP: 2016.
SANTOS, Milton. Espaço e Método. São Paulo: Edusp, 2008.
UNAIDS. Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS. Guia terminologia da UNAIDS, 2017.
VENCATO, Ana Paula. Fervendo com as drags: corporalidades e performances de drag queens em territórios gays da Ilha de Santa Catarina. Dissertação de Mestrado, Antropologia, UFSC, 2002.