Estética e teorética das fronteiras do difuso
DOI:
https://doi.org/10.26512/vis.v18i2.29240Palavras-chave:
difuso, imagem, fronteiras, teoria da imagem, visibilidadeResumo
Nas artes visuais, especialmente na fotografia e no cinema, o difuso (o “flou”) na imagem é um efeito que revela, paradoxalmente, um controle preciso das imagens. Ele pode ser aplicado para acentuar certos detalhes ou imperfeições, mas, acima de tudo, acrescenta uma carga simbólica e misteriosa à imagem, enfatizando uma visão subjetiva e particular, que nos obriga a refletir filosoficamente e esteticamente. Por sua evidente ambiguidade, esse efeito oferece uma visibilidade singular: o movimento e a fixação, a sombra e a luz entram em debate poético e estético. Essa inquietante visibilidade interroga uma legibilidade da imagem que é uma operação hermenêutica: o que o efeito difuso diz ao observador? É uma técnica, um método ou uma reflexão poética e estética que permite uma interpretação diferenciada da imagem? Quais são, então, as fronteiras do difuso? O Autor desse artigo se interroga sobre o que significa pensar as imagens ”“ seja que sejam visuais, literárias ou psíquicas.