The Song of the Muse

Autores

  • Amirthanayagam P. David

DOI:

https://doi.org/10.26512/vis.v13i2.14492

Resumo

A Musa inspira performance, mas quando ninguém restou para dizer o que viu, muito trabalho de pesquisa precisa ser feito para que se reconstrua uma performance. Este artigo diz respeito à questão da Musa a partir de uma perspectiva filológica: uma nova teoria da prosódia grega é proposta, a qual pela primeira vez conecta a dinâmica acentual da língua grega antiga, tomando por base o sistema de acentos registrado nos textos escritos, com os ritmos métricos da poesia grega. Comprovações dessa teoria são dadas na padrão de síncope e correlação entre acento e metro, padrão este bem típico na poesis de diversos povos, mas não muito observada na poesia grega antiga. Então nos dirigimos especialmente à questão cênica: o padrão binário do ritmo homérico, que consiste de dátilos com fortes e fracas partes do pé métrico em igual duração, é uma anormalia liguística mas algo fácil de se encontrar em ritmos dançado. No Sirtós, a dança circular tradicional grega de longa historicidade e ainda executada nos dias de hoje, nós encontramos relevantes similaridades com hexâmetro homérico, no que se refere às cesuras e diéreses. Os novos padrões acentuais revelados enfatizam a musicalidade do hexâmetro. A combinação de canção e dança circular remete-nos para a questão literária, na qual traços específicos da narrativa homérica, como frases-assinatura(frequentemente denominadas impropriamente como 'fórmulas'), o verso, e a narrativa em extensão toda como composição em anel, acabam por encontrar seu fundamento no ritmo e na atmosfera de uma dança circular que avança em passos para a direita com passos para trás em dados momentos de cada verso.

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Publicado

2015-09-14

Como Citar

David, A. P. (2015). The Song of the Muse. Revista VIS: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Artes Visuais, 13(2). https://doi.org/10.26512/vis.v13i2.14492

Edição

Seção

Dossiê - História, Textos, Artes