Presságios e projetos: o incêndio do MAM e os rumos da arte contemporânea

Autores

  • Sabrina Parracho Sant’Anna - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.26512/vis.v13i1.14490

Resumo

Na revisão bibliográfica, a História e a Crítica de Arte têm se referido às décadas de 1960 e 1970 como ponto de inflexão. O período estaria, para muitos, estreitamente relacionado à emergência de um paradigma contemporâneo na arte e ao declínio da lógica moderna de sucessão de vanguardas e modernismos. O incêndio no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1978, ao destruir a instituição de memória moderna, criada em meados do século XX, foi capaz de fazer com que diversos atores ligados ao museu discutissem os rumos do contemporâneo na cidade e encenassem, com diferentes projetos, os destinos possíveis da arte contemporânea.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUILAR, Nelson. Mostra do Redescobrimento: o rico acervo cultural brasileiro. In: http://www.comciencia.br/entrevistas/Aguilar.htm. Consultado em 20 de dezembro de 2013.

ALEXANDER, Edward P. The regional museum as a cultural centre. In: Museum/UNESCO, Vol XXIII, n° 4, 1970/1971.

BELTING, Hans. O fim da história da arte. São Paulo: Cosac & Naify, 2006.

BÜRGER, Peter. Teoria da Vanguarda. São Paulo: Cosac & Naify, 2008.

CÁCERES, Silvia. Fulguração moderna: a educação pela arte no Museo de La Solidaridad, Chile 1971-1973. Dissertação de mestrado. Departamento de Educação da PUC/RJ. Rio de Janeiro: 2010.

CANCLINI, Nestor. El Porvenir del Pasado. Culturas Híbridas. Buenos Ayres: Paidós, 2010

CARTA de Niomar Moniz Sodré a Maurício Nunes de Alencar, 7 jul. 1971. MAM. MS69-09-07. Arquivos da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro.

CAUQUELIN, Anne. Arte contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martin Fontes, 2005.

CAVACANTI, Lauro. Onde experimentar? Jornal do Brasil. Caderno B. 14 de agosto de 1978. P.10.

Cidade começa a trabalhar para ter o MAM de volta . Jornal do Brasil. 10 de julho de 1978. P.1.

CONDURU, Roberto. A África de dois museus cariocas. In: Anais do Museu Histórico Nacional, vol. XXXIII, 2001.

DIAS, Antonio et all. Declaração de princípios básicos da Vanguarda. In: Ferreira, Gloria (org.). Crítica de Arte no Brasil: temáticas contemporâneas. Rio de Janeiro: Funarte, 2006, p. 149-150.

Diretores demitidos acusam fundadora do MAM de tratar museu como sua propriedade. 14 de setembro de 1978. P.20.

Dona Niomar Moniz Sodré dá o tom na reconstrução do MAM. Jornal do Brasil. 06 de agosto de 1978. P.23.

FOSTER, Hal. The primitive unconcious of modern art, or white skins in black masks. In: RECODINGS. Seattle: Bay Press, 1985.

FRADIER, Georges. The Georges Pompidou National Centre for Art and Culture, Paris. In: Museum/UNESCO, Vol XXX, n° 2, 1978.

GALANTERNICK, Nina. Entrevista de Marcio Doctors. Arquivo do NUSC/UFRJ. Rio de Janeiro: 2009.

______________. Entrevista de Cildo Meireles. Arquivo do NUSC/UFRJ. Rio de Janeiro: 2009.

GONÇALVES, José Reginaldo. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/IPHAN, 2002.

GRIFFING, Robert. Reflections on the Tokyo Seminar. In: Museum/UNESCO, Vol XVI, n° 4, 1963

GOUTHIER, Hugo. Presença. Brasília: FUNAG, 2008.

HEINICH, Nathalie & SHAPIRO, Roberta. Quando há Artificação? Sociedade e Estado. Brasília: 2013.

Incêndio destrói 90% do acervo do MAM. O Globo. 09 de julho de 1978. P.1.

Incêndio destrói todo acervo do MAM. Jornal do Brasil. 09 de julho de 1978. P.1.

LÓPEZ, Matias. Ideologia e utopia no Chile: os usos sociais do exílio e da arte. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas. Florianópolis: UFSC 2010.

MAM procura há 31 anos uma direção profissional. Jornal do Brasil: 08/07/1979. P19.

Manifestação pública no pátio do MAM reúne 3 mil em defesa da reconstrução . Jornal do Brasil. 18 de julho de 1978. P.1.

MOULIN, Raymonde. O mercado da arte: mundialização e novas tecnologias. Rio de Janeiro: Zouk, 2007.

OBRIST, H. U. Uma breve história da curadoria. São Paulo: Bei, 2010.

OSÓRIO, Luiz Camillo. Entrevista. Produção Cultural no Brasil. 2010. http:// www.producaocultural.org.br/wp-content/uploads/livroremix/LuizCamilloOsorio.pdf

PEDROSA, Mario. MAM: Reconstrução. Arte Hoje, Ano 2, nº 16. Rio de Janeiro: outubro de 1978. P. 10.

__________. A arte está em decadência, mas os sindicatos estão vivos. Jornal do Brasil. 02 de junho de 1978.

__________. Arte ambiental, arte pós-moderna, Hélio Oiticica In: ARANTES (Org.). Política das Artes. São Paulo: EDUSP, 1995a.

__________. Discurso aos tupiniquins ou nambás. In: ARANTES (Org.). Política das Artes. São Paulo: EDUSP, 1995b.

__________. Do porco empalhado ou os critérios da crítica. In: FERREIRA. (Org.). Crítica de Arte no Brasil. Rio de Janeiro: FUNARTE, 2006.

PONTUAL, Roberto. MAM: mãos à obra. Jornal do Brasil. Caderno B. 19 de julho de 1978. P.1

__________. Onde experimentar? Jornal do Brasil. Caderno B. 19 de agosto de 1978. P.10.

REINHEIMER, Patricia . Objetos e processos: de testemunho objetivo de uma realidade interior a agentes de transformação subjetiva. In: REINHEIMER, SANT'ANNA. (Org.). Manifestações artísticas e ciências sociais: reflexões sobre arte e cultura material. Rio de Janeiro: Folha Seca, 2013.

SANT'ANNA, Sabrina Parracho. Musealização, critica de arte e o exercício experimental da liberdade em Mario Pedrosa. Estudos Históricos. Rio de Janeiro: 2011a.

__________. Construindo a memória do futuro: uma análise da fundação do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2011b.

__________. Memória e modernidade: notas para refletir sobre memória e museus de um ponto de vista sociológico. Panóptica, v. 7. Vitória: 2012.

Downloads

Publicado

2015-05-16

Como Citar

Sant’Anna - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, S. P. (2015). Presságios e projetos: o incêndio do MAM e os rumos da arte contemporânea. Revista VIS: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Artes Visuais, 13(1). https://doi.org/10.26512/vis.v13i1.14490

Edição

Seção

Dossiê - História da Crítica de Arte no Brasil