Presságios e projetos: o incêndio do MAM e os rumos da arte contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.26512/vis.v13i1.14490Resumo
Na revisão bibliográfica, a História e a Crítica de Arte têm se referido à s décadas de 1960 e 1970 como ponto de inflexão. O período estaria, para muitos, estreitamente relacionado à emergência de um paradigma contemporâneo na arte e ao declínio da lógica moderna de sucessão de vanguardas e modernismos. O incêndio no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1978, ao destruir a instituição de memória moderna, criada em meados do século XX, foi capaz de fazer com que diversos atores ligados ao museu discutissem os rumos do contemporâneo na cidade e encenassem, com diferentes projetos, os destinos possíveis da arte contemporânea.
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