Horizontes do êxodo: artistas brasileiros em Nova York

Autores

  • Dária Jaremtchuk - Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.26512/vis.v13i1.14488

Resumo

Durante as décadas de 1960 e 1970, houve considerável fluxo de artistas brasileiros para o estrangeiro. Esse deslocamento pode ser observado como um fenômeno relacionado à “cultura do êxodo”, própria de países afastados de grandes centros artísticos, mas também conectado às especificidades do momento político brasileiro: a ditadura militar. Desta forma, o temor à violência e à prisão praticadas pelo regime, a censura que incidiu mais fortemente sobre as artes visuais a partir de 1968, a imaturidade do sistema de arte, as precárias condições de profissionalização e a inexistência de mercado para os jovens talentos podem ser apontados como motivadores para esse êxodo. Nos casos aqui estudados, optou-se pelo uso do termo “êxodo voluntário”, apesar de muitos artistas terem sido forçados a sair do país. Tal escolha apoia-se no fato de que, além de não ter havido um contingente declaradamente de exilados ou de banidos políticos no meio das artes visuais, eles não estiveram oficialmente impossibilitados de retornar ao Brasil. Ou seja, este período vivido no exterior pode ser melhor compreendido como uma espécie de mudança em suas trajetórias artísticas devido aos motivos expostos acima, mais do que a perda de um lugar de pertencimento propriamente dito.

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Publicado

2015-05-25

Como Citar

Jaremtchuk - Universidade de São Paulo, D. (2015). Horizontes do êxodo: artistas brasileiros em Nova York. Revista VIS: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Artes Visuais, 13(1). https://doi.org/10.26512/vis.v13i1.14488

Edição

Seção

Dossiê - História da Crítica de Arte no Brasil