A Clínica Extensa na Interface entre a Universidade e a Atenção em Saúde
DOI :
https://doi.org/10.1590/0102.3772e36nspe3Mots-clés :
Psicologia da saúde, Psicanálise, Clínica extensa, Cuidados parentaisRésumé
O presente ensaio pretende abordar a interface do trabalho entre a Universidade e a assistência à Saúde a partir da perspectiva da clínica ampliada em Psicanálise. Considerações teórico-metodológicas sobre a Clínica Extensa e o Narcisismo são os fundamentos de onde partiremos para abordar a especificidade da escuta psicanalítica no contexto institucional. Visamos demonstrar a experiência de acolhimento e acompanhamento de famílias e de díades mãe-bebê desde o início da gestação, incluindo condições críticas de internação em UTI-Neonatal. Faremos isso através da apresentação de uma proposta de dispositivos para a observação e a intervenção, a fim de discutir a necessidade de ampliação do trabalho do psicólogo para abordar a equipe multidisciplinar, considerando os fenômenos grupais que atravessam esse tipo de trabalho. Como conclusão, assinalamos a contribuição de uma escuta psicanalítica sobre a constituição do sujeito e a ética do desejo no contexto de uma lógica complexa em Psicologia da Saúde.
Téléchargements
Références
Bachelard, G. (1996). A formação do espírito científico: Contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Contraponto. (Trabalho original publicado em 1938)
Bion, W. R. (1975). Experiências com grupos (2ª. ed.). Imago; EDUSP. (Trabalho original publicado em 1961)
Bick, E. (1987). Notes on infant observation in psycho-analytic training. In M. Harris e E. Bick (Eds.), Collected papers of Martha Harris and Esther Bick (pp. 240-256). The Roland Harris Education Trust. (Trabalho original publicado em 1964)
Bowlby, J. (2003). Cuidados maternos e saúde mental. Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1951)
Campos, É. B. V. (2010). A posição singular da psicanálise no campo dos saberes e práticas psicológicas. In A. A. L. Ferreira (Ed.), A pluralidade do campo psicológico: Principais abordagens e objetos de estudo (pp. 143-179). Editora da UFRJ.
Dessen, M. A., & Costa Junior, A. L. (2008). (Eds.). Ciência do desenvolvimento humano: Tendências atuais e perspectivas futuras. Artes Médicas.
Freud, A. (1971). O tratamento psicanalítico de crianças. Imago. (Trabalho original publicado em 1926)
Freud, S. (2003). Projeto de uma psicologia (O. F. Gabbi Junior, Trad.). In O. F. Gabbi Junior (Ed.), Notas a projeto de uma psicologia: As origens utilitaristas da psicanálise (pp. 171-260). Imago. (Trabalho original publicado em 1950[1895])
Freud, S. (1989). La interpretación de los sueños. In S. Freud, Obras completas (J. L. Etcheverry, Trad., vol. 5, pp. 345-611). Amorrortu. (Trabalho original publicado em 1900[1899])
Freud, S. (2010). Introdução ao narcisismo. In S. Freud, Obras completes (P. C. Souza, trad., vol. 12, pp. 13-50). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1914)
Freud, S. (2010). Os instintos e seus destinos. In S. Freud, Obras completas (P. C. Souza, trad., vol. 12, pp. 51-81). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1915)
Herrmann, F. (2001). Introdução à teoria dos campos. Casa do Psicólogo.
Herrmann, F. (2005). Introdução: Clínica extensa. In L. M. C. Barone (Org.), III Encontro psicanalítico da teoria dos campos por escrito: A psicanálise e a clínica extensa (pp. 12-33). Casa do Psicólogo.
Herrmann, L. (2007). Andaimes do real: A construção de um pensamento. Casa do Psicólogo.
Kanner L. (1943). Autistic disturbances of affective contact. Nervous Child, 2, 217-250.
Lacan, J. (1998). O estádio do espelho como formador da função do eu tal como nos revela a experiência psicanalítica. In J. Lacan, Escritos (pp. 96-103). Zahar. (Trabalho original publicado em 1949)
Lacan, J. (1994). Le séminaire - livre 4: La rélation d'objet. Éditions du Seuil. (Trabalho original publicado em 1956-1957)
Lacan, J. (2001). Radiophonie. Éditions du Seuil.
Lebrun, G. (1977). L’idée d’épistémologie. In Manuscrito, 1. Unicamp.
Lewin, K. (1978). Problemas de dinâmica de grupo. Cultrix.
Machado, M. Do Val, & Chatelard, D. S. (2014). O lugar do psicanalista nos hospitais gerais: Entre os dispositivos clínicos e os institucionais. Revista Subjetividades, 14(2), 187-202. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692014000200002&lng=pt&tlng=pt
Melgaço, R. G. (2006). (Ed.). A ética na atenção ao bebê: Psicanálise, saúde, educação. Casa do Psicólogo.
Mezan, R. (2002). Interfaces da psicanálise. Companhia das Letras.
Miguelez, O. M. (2007). Narcisismos. Escuta.
Moretto, M. L. T. (2001). O que pode um analista no hospital? Casa do Psicólogo.
Prado Junior, B. (1985). Hume, Freud, Skinner (Em torno de um parágrafo de G. Deleuze). In B. Prado Junior (Ed.), Alguns ensaios (pp.30-55). Max Limonad.
Sakiyama, C., & Campos, É. B. V. (2016). Alienação e criatividade na constituição da subjetividade: contrapontos entre Lacan e Winnicott. Psicologia UNESP, 15(1), 26-39. http://seer.assis.unesp.br/index.php/psicologia/article/view/275/395
Spitz, R. (1979). O primeiro ano de vida. Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1954)
UNICEF (2012). Desarrollo emocional: Clave para la primera infancia. Kaleidos; UNICEF.
Valle, T. G. A. M., & Melchiori, L. E. (2010). (Eds.). Saúde e desenvolvimento humano. Editora UNESP; Cultura Acadêmica.
Wertheimer, M. (1938). Gestalt Theory. In W. D. Ellis (Ed.), A sourcebook of Gestalt psychology (pp. 71-88). Routledge & Kegan Paul.
Winograd, M., & de Vilhena, J. (Orgs.). (2014). Psicanálise e clínica ampliada: Multiversos. Appris.
Winnicott, D. W. (1990). Natureza humana. Imago. (Trabalho original publicado em 1988)
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Daniela Scheinkman Chatelard, Ana Maria Loffredo, Érico Bruno Viana Campos 2020
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.