Repercussões da Parentalidade na Conjugalidade do Casal Recasado: Revelações das Madrastas
DOI :
https://doi.org/10.1590/0102.3772e3545Mots-clés :
Madrasta, Recasamento, Conjugalidade, Parentalidade, Ex-cônjugeRésumé
Realizou-se uma pesquisa qualitativa com o objetivo de investigar a vivência das madrastas acerca da conjugalidade no recasamento. Participaram do estudo 16 madrastas. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas e a análise categorial foi realizada de acordo com o método de análise de conteúdo. A partir das narrativas, emergiram seis categorias de análise: lugar da madrasta na família; denominação madrasta; conjugalidade no recasamento; díade madrasta-enteado; tríade madrasta-enteado-mãe e transmissão geracional. Neste artigo, apresenta-se e discute-se a categoria conjugalidade no recasamento, desdobrada nas subcategorias conjugalidade atravessada pela parentalidade e repercussões da conjugalidade anterior na conjugalidade atual. Constatou-se que a construção da conjugalidade é influenciada por aspectos relativos ao exercício da parentalidade e ao relacionamento conjugal anterior.
Téléchargements
Références
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Bowen, M. (1991). De la familia ao individuo. Barcelona: Paidós.
Costa, J. M., & Dias, C. M. S. B. (2012). Famílias recasadas: Mudanças, desafios e potencialidades. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 14(3), 72-87.
Féres-Carneiro, T. (1998). Casamento contemporâneo: O difícil convívio da individualidade com a conjugalidade. Psicologia: Reflexão e Crítica, 11(2), 379-394.
Féres-Carneiro, T. (2003). Separação: O doloroso processo da dissolução da conjugalidade. Estudos de Psicologia, Natal, 8(3), 367-374.
Féres-Carneiro, T., & Diniz Neto, O. (2010). Construção e dissolução da conjugalidade: Padrões relacionais. Paidéia, 20(46), 269-278.
Féres-Carneiro, T., & Ziviani, C. (2009). Conjugalidades contemporâneas: Um estudo sobre os múltiplos arranjos amorosos da atualidade. In T. Féres-Carneiro (Org.), Casal e família: Permanências e rupturas (pp. 83-107). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Ganong, L. H., Coleman, M., & Jamison, T. (2011). Patterns of stepchild-stepparent relationship development. Journal of Marriage and Family, 73, 396-413. doi: 10.1111/j.1741-3737.2010.00814.x
Hackner, I., Wagner, A., & Grzybowski, L. S. (2006). A manutenção da parentalidade frente à ruptura da conjugalidade. Pensando Famílias, 10(2), 73-86.
Houzel, D. (2004). As implicações da parentalidade. In L. Solis-Ponton (Org.), Ser pai, ser mãe, parentalidade: Um desafio para o terceiro milênio (pp. 47-51). São Paulo: Casa do Psicólogo .
IBGE (2012). Estatística do registro civil. Recuperado de http://www.ibge.gov.br/home/estatística/populacao/registrocivil/2012/default.shtm.
IBGE (2010). Estatística do registro civil. Recuperado de http://www.ibge.gov.br/home/estatística/populacao/registrocivil/2012/default.shtm.
Jablonski, B. (2009). Atitudes e expectativas de jovens solteiros frente à família e ao casamento: duas décadas de estudos. In T. Féres-Carneiro (Org.), Casal e família: Permanências e rupturas (pp. 109-134). São Paulo: Casa do Psicólogo .
Lucier-Greer, M., & Adler-Baeder, F. (2011). An examination of gender role attitude change patterns among continuously married, divorced, and remarried individuals. Journal of Divorce & Remarriage, 52, 225-243. doi:10.1080/10502556.2011.556977.
Magalhães, A. S., Féres-Carneiro, T. Henriques, C. R., & Travassos-Rodriguez, F. (2013). O lugar do padrasto na clínica com famílias recasadas. In T. Féres-Carneiro (Org.), Casal e família: Transmissão, conflito e violência (pp. 113-140). São Paulo: Casa do Psicólogo .
Magalhães, A. S. (2009). Conjugalidade e parentalidade na clínica com famílias. In T. Féres-Carneiro (Org.), Casal e família: Permanências e rupturas (pp. 205-217). São Paulo: Casa do Psicólogo .
McGoldrick, M., & Carter, B. (2001). Constituindo uma família recasada. In M. McGoldrick, & B. Carter (Orgs.), As mudanças do ciclo de vida familiar. Uma estrutura para a terapia familiar (pp. 95-105). Porto Alegre: Artes Médicas.
Mosmann, C., Wagner, A., & Féres-Carneiro, T. (2006). Qualidade conjugal: Mapeando conceitos. Paidéia, 16 (35), 315-325.
Papernow, P. L. (2013). Surviving and thriving in stepfamily relationships - What works and what doesn't. New York: Routledge.
Pryor, J. (2014). Stepfamilies: A global perspective on research, policy and practice. New York: Routledge .
Rocha-Coutinho, M. L. (2015). Investimento da mulher no mercado de trabalho: repercussões na família e nas relações de gênero. In T. Féres-Carneiro (Org.), Família e casal: Parentalidade e filiação em diferentes contextos (pp. 103-117). Rio de Janeiro: Editora PUC.
Robertson, M., & Ehrenberg, M. F. (2012). Remarried parents and views on marital commitment: Expanding the context of influences and changes. Journal of Divorce & Remarriage, 53, 368-385. doi: 10.1080/10502556.2012.682879.
Silva, P. O. M., Trindade, Z. A., & Silva Junior, A. (2012). As representações sociais da conjugalidade entre casais recasados. Estudos de Psicologia, 17(3), 435-443.
Soares, L. C. E. C. (2008). A família com padrasto e/ou madrasta: Um panorama. In L. M. T. Brito (Org.), Família e separações: Perspectivas da psicologia jurídica (pp. 81-112). Rio de Janeiro: Editora UERJ.
Soares, L. C. E. C. (2012). "Você não é meu pai!" - Atribuições de padrastos e madrastas em famílias recasadas após separação conjugal. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 12(1), 319-326.
Souza, C. L. C., & Benetti, S. P. C. (2009). Paternidade contemporânea: Levantamento da produção acadêmica no período de 2000 a 2007. Paidéia, 19(42), 97-106.
Tadeu da Silva, P. S. (2012). Percepção da conjugalidade por casados e recasados. A inelutável comparação (Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica). Universidade de Coimbra, Portugal.
Velho, G. (1987). Individualismo e cultura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Vidigal, M. M. B. A., & Tafuri, M. A. (2010) Parentalização: Uma questão psicológica. Latin American Journal of Fundamental Psychopathology Online, 7(2), 65-74.
Wagner, A., Falcke, D., & Mosmann, C. P. (2015). Viver a dois: (ma proposta de intervenção psicoeducativa na conjugalidade. In T. Féres-Carneiro, (Org.). Família e casal: Parentalidade e filiação em diferentes contextos (pp. 149-163). Rio de Janeiro: Editora PUC .
Wagner, A., & Féres-Carneiro, T. (2000). O recasamento e a representação gráfica da família. Temas em Psicologia, 8(1), 11-19.
Wagner, A., & Levandowski, D. C. (2008). Sentir-se bem em família: Um desafio frente à diversidade. Revista Textos & Contextos, Porto Alegre, 7(1), 88-97.
Wagner, A., Tronco, C., & Armani, A. B. (2011). Os desafios da família contemporânea: revisitando conceitos. In A. Wagner (Org.), Desafios psicossociais da família contemporânea (pp. 19-35). Porto Alegre: Artmed.
Warpechowski, A., & Mosmann, C. (2012). A experiência da paternidade frente à separação conjugal: Sentimentos e percepções. Temas em Psicologia, 20(1), 247-260.
Ziviani, C., Féres-Carneiro, T., & Magalhães, A. S. (2012). Pai e mãe na conjugalidade: Aspectos conceituais e validação de construto. Paideia, 22(52), 165-175. doi: 10.1590/S0103-863X2012000200003.