Relação conjugal: Desafios e possibilidades do “nós”

Autores/as

  • Wladimir Porreca Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.1590/0102.3772e35nspe7

Palabras clave:

Relação conjugal, Individualidades, Conjugalidade, Permanência na relação conjugal

Resumen

A relação conjugal é constituída por três realidades distintas que interagem e se mantêm. O estudo buscou compreender os significados da permanência na relação conjugal de quatro casais brasileiros. A obtenção dos dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas e grupo focal. Para a interpretação dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo, considerando três tópicos temáticos: a concepção de família e o amor conjugal; o casal e a relação conjugal; o permanecer casados. A família nuclear e o amor conjugal permanecem idealizados e desejados; a relação conjugal constitui uma terceira realidade, um “nós” conjugal, que com o passar dos anos de convivência, modifica as individualidades e colabora para que os casais permaneçam unidos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Wladimir Porreca, Universidade de Brasília

Pesquisador colaborador do Instituto de Psicologia/UnB
Departamento de Psicologia Clinica e Culturla/UnB Pós
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura/UnB

Citas

Badr, H., Acitelli, L. K., & Carmack Taylor, C. L. (2007). Does couple identity mediate the stress experienced by caregiving spouses?Psychology and Health,22(2), 211-229.

Bertoni, A., & Bodenmann, G. (2010). Satisfied and dissatisfied couples: Positive and negative dimensions, conflict styles, and relationships with family of origin. European Psychologist, 15(3),175-184. doi:10.1027/1016-9040/a000015

Bolze, S. D. A., Schmidt, B., Crepaldi, M. A., & Vieira, M. L. (2011). Conflito conjugal: Uma revisão da produção científica brasileira. Pensando Famílias, 15(2),51-69.

Bogdan, R., & Biklen, S. (1997). Investigação qualitativa em educação. Porto, Portugal: Porto Editora.

Borges, C. D. C., Magalhães, A. S., & Féres-Carneiro, T. (2014). Liberdade e desejo de constituir família: percepções de jovens adultos.Arquivos Brasileiros de Psicologia,66(3), 89-103.

Caillé, P. (1994).Um e um são três: O casal se auto-revela. (Vol. 49). São Paulo: Summus.

Carvalho, I. M. M. D., & Almeida, P. H. D. (2003). Família e proteção social. São Paulo em perspectiva,17(2), 109-122.

Corbett, E. (2009). “Até que a morte nos separe” e outros campos do imaginário coletivo de estudantes de psicologia sobre sexualidade (Dissertação de Mestrado). Retirado de http://www.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br

Costa, L. F. (2010). A perspectiva sistêmica para a clínica da família. Psicologia: Teoria e Pesquisa,26, 95-104.

Costa, C. B. D., Cenci, C. M. B., & Mosmann, C. P. (2016). Conflito conjugal e estratégias de resolução: Uma revisão sistemática da literatura.Temas em Psicologia,24(1), 325-338.

Costa, L., F. & Penso M. A. (2014). A compreensão da família como sistema. In L. F. Costa, M. A. Penso, & M. I. Gandolfo, (Orgs.), A abordagem à família no contexto do Conselho Tutelar (pp. 49-60). São Paulo: Ágora.

Cundiff, J. M., Smith, T. W., & Frandsen, C. A. (2012). Incremental validity of spouse ratings versus self-reports of personality as predictors of marital quality and behavior during marital conflict.Psychological Assessment, 24(3), 676-684. doi: 10.1037/a0026637

Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (2006). O planejamento da pesquisa qualitativa: Teorias e abordagens. Porto Alegre: Artmed.

Diniz, G. (2011). Conjugalidade e violência: Reflexões sob uma ótica de gênero. In T. Féres-Carneiro(Org.), Casal e família: Conjugalidade, parentalidade e psicoterapia (pp. 11-26). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Diniz-Neto, O., & Féres-Carneiro, T. (2005). Vida conjugal, família e trabalho. Em A. Hounie & W. Camargos (Orgs.), Manual dos transtornos de déficit de atenção (pp. 546-596). Belo Horizonte: Info.

Diniz, G., & Féres-Carneiro, T. (2012). Casamento e família: Uma reflexão sobre desafios da conjugalidade contemporânea. In T. C. Viana, G. S. Diniz, L. F. Costa, & Z. Valeska (Orgs.), Psicologia clínica e cultura contemporânea (pp. 430-447). Brasília: Liber Livros.

Donati, P. (2012). I beni e mali generati della famiglia a seconda dele sue qualità . In P. Donati (Org.), Famiglia risorsa della società (pp. 10-58). Bolonha, Itália: Mulino.

Dush, C. M. K., & Taylor, M. G. (2012). Trajectories of marital conflict across the life course: Predictors and interactions with marital happiness trajectories. Journal of Family Issues, 33(3), 341-368. doi: 10.1177/0192513X11409684.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2002). Pensamento sistêmico. O novo paradigma da ciência. Campinas: Papirus.

Féres-Carneiro, T. (2008). Pesquisa e prática clínica: Construindo articulações teóricas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 21, 349-355.

Féres-Carneiro, T. (1998). Casamento contemporâneo: O difícil convívio da individualidade com a conjugalidade. Psicologia: Reflexão e Crítica, 11(2), 379-394.

Féres-Carneiro, T., & Diniz Neto, O. (2010). Construção e dissolução da conjugalidade: Padrões relacionais. Paidéia, 20(46), 269-278.

Féres-Carneiro, T., & Ziviani, C. (2009). Conjugalidades contemporâneas: Um estudo sobre os múltiplos arranjos conjugais da atualidade. In T. Féres-Carneiro, Casal e família: Permanências e rupturas (pp. 83-109). São Paulo: Casa do Psicólogo .

Flick, U. (2009).Desenho da pesquisa qualitativa: Coleção pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman.

Fonseca, S. A., & Neves Duarte, C. M. (2014). Do namoro ao casamento: Significados, expectativas, conflito e amor.Psicologia: Teoria e Pesquisa, 30(2), 135-143.

Fontanella, B. J. B., & Magdaleno, R. (2012). Saturação teórica em pesquisas qualitativas: Contribuições psicanalíticas. Psicologia em Estudo, 17(1), 63-71.

Garcia, M. L. T., & Tassara, E. D. O. (2003). Problemas no casamento: Uma análise qualitativa.Estudos de Psicologia, 8(1), 127-133.

Gatti, B. A. (2012). Grupo focal na pesquisa em Ciências Sociais e Humanas. Brasília: Liber Livro.

Grandesso, M. A. (2000).Sobre a reconstrução do significado: Uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo .

Grisard, W., Filho. (2003). Famílias reconstituídas: Breve introdução ao seu estudo. In G. C. Groeninga & R. C. Pereira (Orgs.),Direito de família e psicanálise: Rumo a uma nova epistemologia(pp. 255-268). Rio de Janeiro: Imago.

Gonzáles Rey, F. (2005). Pesquisa qualitativa e subjetividade: Os processos de construção da informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Giddens, A. (2011). As transformações da intimidade: Sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas(2a ed). São Paulo: UNESP.

Jablonski, B. (1994). Até que a vida nos separe: o enfoque psicossocial. Temas em Psicologia, 2(2), 65-73.

Magalhães, A. S. (2009). Conjugalidade e parentalidade na clínica com famílias. In T. Féres-Carneiro (Org.), Casal e família: Permanências e rupturas (pp. 205-217). São Paulo: Casa do Psicólogo .

Magalhães, A. S., & Féres-Carneiro, T. (2005). Conquistando a herança: Sobre o papel da transmissão psíquica familiar no processo de subjetivação. In T. Féres-Carneiro (Org.), Família e casal: efeitos da contemporaneidade (pp. 24-32). Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio.

Mendonça, M., & Matos, P. M. (2015). Conciliação família-trabalho vivida a dois: Um estudo qualitativo com casais com filhos pequenos.Análise Psicológica,33(3), 317-334.

Miller, L. E., & Caughlin, J. P. (2013). “We're going to be survivors”: Couples' identity challenges during and after cancer treatment.Communication Monographs, 80(1), 63-82.

Minayo, M. C. S. (2010). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade (29a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.

Minayo M.C.S. (2013). O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde (13ª ed.). São Paulo: Hucitec.

Minayo, M. C. D. S., & Guerriero, I. C. Z. (2014). Reflexividade como éthos da pesquisa qualitativa.Ciência & Saúde Coletiva,19(4), 1103-1112.

Oliveira, N. H. D. (2009). Recomeçar: Família, filhos e desafios. São Paulo: Editora UNESP.

Olson, D. (2000). Circumplex model of marital and family systems. Journal of Family Therapy, 22, 144-167.

Prandini R. (2011). "Noi". La costituzione e la rilevanza sociologica delle soggettività sociali riflessive. In P. Terenzi (Org.), Percorsi di sociologia relazionale (pp. 118-145). Milão: Franco Angeli.

Porreca, W. (2013a). Famílias em segunda união: questões pastorais (3ª. ed.). São Paulo: Paulinas.

Porreca, W. (2013b). Filhos desafios e adaptações na família em segunda união. São Paulo: Paulinas .

Reis, E. F. (2010).Varas de família - Um encontro entre Psicologia e Direito. Curitiba: Juruá

Rizzon, A. L. C., Mosmann, C. P., & Wagner, A. (2013). A qualidade conjugal e os elementos do amor: Um estudo correlacional.Contextos Clínicos, 6(1), 41-49.

Rolim, K. I., & Wendling, M. I. (2013). A história de nós dois: Reflexões acerca da formação e dissolução da conjugalidade.Psicologia Clínica,25(2), 165-180.

Satir, V. (1995). A mudança no casal. In M. Andolfi, C. Angelo, & C. Saccu (Orgs.), O casal em crise (pp. 29-37). São Paulo: Summus .

Scabini, E., & Cigoli, V. (2000). Il famigliare. Legami, simboli e transizioni. Milano: Raffaello Cortina.

Scabini, E., & Manzi, C. (2011). Family processes and identity. In S. J. Schwartz, K. Luyckx, & V. L. Vignoles (Eds.), Handbook of identity theory and research (pp. 529-548). New York, NY: Springer.

Scorsolini-Comin, F., & Santos M. A.(2010). Relacionamentos afetivos na literatura científica: Uma revisão integrativa sobre a noção de conjugalidade. Psicologia para a América Latina, 19. Retirado dehttp://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1870-350X20100 00100009&script=sci_arttext

Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. D. (2011). Ajustamento diádico e satisfação conjugal: Correlações entre os domínios de duas escalas de avaliação da conjugalidade.Psicologia: Reflexão e Crítica,24(2), 439-447.

Silva, L. P., & Vandenberghe, L. (2009). Comunicação versus resolução de problemas numa sessão única de terapia comportamental de casal. Revista BTCC, 11(1), 43-60.

Souza, R. M. (2005). Grupos de apoio para filhos de pais separados e divorciado. Iberpsicología: Revista Electrónica de la Federación Española de Asociaciones de Psicología,10(2), 19.

Streck, D. R. (2016). Metodologias participativas de pesquisa e educação popular: Reflexões sobre critérios de qualidade. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 20, 537-547.

Tavora, M. T. (2009). Contrato emocional e código de ética: Pilares da reconstrução conjugal. Psico, 40(1), 50-57.

Torossian, M. S., Heleno, M. G. V., & Vizzotto, M.M. (2009). Relacionamento conjugal e o fenômeno da violência doméstica: Um estudo de caso. Psicologia da Saúde, 17(1),12-16.

Valle, M. E., & Osório, L. C. (2004). Alquimia íntima: A nova química do casal. Porto Alegre: Literalis.

Veiga, L., & Gondim, S. M. G. (2001). A utilização de métodos qualitativos na ciência política e no marketing político.Opinião Pública, 7(1), 1-15.

Ziviani, C., Féres-Carneiro, T., Scorsolini-Comin, F., & dos Santos, M. A. (2015). Avaliação dos relacionamentos amorosos na contemporaneidade: O construto percepção dos filhos sobre a conjugalidade dos pais. In S. M. Barroso, F. Scorsolini-Comin, & E. Nascimento (Orgs.),Avaliação psicológica: Da teoria à s aplicações(pp. 154-186). Petrópolis, RJ: Vozes .

Zordan, E. P. (2010). A separação conjugal na contemporaneidade: Motivos, circunstâncias e contextos. (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.

Wojtyla, K. (1982). Persona e acción (J. F. Zulaica, Trad.). Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos. (Trabalho original publicado em 1969)

Young, E. J., Klosko, S. J., & Weishaar, E. M. (2003).Schema therapy: A practitioner’s guide. New York & London: Guilford Press.

Publicado

2019-02-28

Cómo citar

Porreca, W. (2019). Relação conjugal: Desafios e possibilidades do “nós”. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 35(Especial). https://doi.org/10.1590/0102.3772e35nspe7

Número

Sección

Estudos Empíricos