Raiva, Stress Emocional e hipertensão:

um estudo comparativo

Autores/as

  • Glória Araujo Moxotó Doutoranda do Programa de Pós graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Lucia Emmanoel Novaes Malagris Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palabras clave:

Raiva, Stress, Hipertensão

Resumen

O presente estudo teve como objetivo investigar uma possível associação entre direção de expressão de raiva e stress em pessoas com hipertensão a partir da comparação com pessoas sem este diagnóstico. Foram avaliados 112 participantes sendo 56 com hipertensão e 56 sem, pareados por grau de instrução, gênero e faixa etária, utilizando o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL) e o Inventário de Expressão de Raiva como Estado e Traço (STAXI). Pessoas com hipertensão apresentaram 9,7 vezes mais chances de estarem estressados que pessoas sem este diagnóstico (OR=9,7,Lim inf=4,0; Lim sup=23,5) e 19 vezes mais chances de expressarem raiva para dentro(OR=19; Lim inf=5,3; Lim sup=68). A associação entre stress e raiva para dentro foi significativamente superior entre pessoas com hipertensão. A inibição da raiva e o stress, quando excessivos, não só estão relacionados à elevação da reatividade cardiovascular, como atuam negativamente, nas relações interpessoais, seja na área afetiva, social ou laborativa, acarretando inquestionável prejuízo na qualidade de vida da pessoa com hipertensão.

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Publicado

2015-11-16

Cómo citar

Moxotó, G. A., & Malagris, L. E. N. (2015). Raiva, Stress Emocional e hipertensão:: um estudo comparativo. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 31(2), 221–227. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18110