A escuta do masculino na clínica psicanalítica contemporânea:

singularidades de um padecer

Autores/as

  • Fernanda Cesa Ferreira da Silva PUCRS
  • Mônica Medeiros Kother Macedo PUCRS

Palabras clave:

Psicologia/ Psicologia Clínica, Masculinidade, Psicanálise, Contemporaneidade, Clínica psicanalítica

Resumen

Este estudo aborda os efeitos das transformações socioculturais no processo de subjetivação masculina dos tempos atuais e explora as especificidades de padecimento psíquico masculino no espaço da clínica psicanalítica contemporânea. Foram entrevistados 10 psicanalistas e os dados obtidos foram analisados qualitativamente por meio da técnica de Análise de Conteúdo. Foi possível explorar os efeitos que as demandas contemporâneas produzem nos campos intrapsíquico e intersubjetivo, viabilizando a compreensão de padecimentos masculinos atuais. Foram também aprofundados conceitos relativos ao trabalho analítico, reconhecendo na Psicanálise um recurso ético e vigente na clínica contemporânea do masculino. A escuta analítica como exercício ético, ao situar-se na contramão das imposições contemporâneas, dá espaço para um trabalho com a singularidade do sujeito.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Araújo, M. F. (2005). Diferença e igualdade nas relações de gênero: Revisitando o debate. Psicologia Clínica, 17(2), 41-52.
Bardin, L. (1991). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bauman, Z. (1998). O mal-estar na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Bauman, Z. (2004). Amor líquido. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Berlinck, M. T. (2000). Psicopatologia fundamental. São Paulo: Escuta.
Berlinck, M. T., & Fédida, P. (1999). A clínica da depressão: Questões atuais. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 3(2), 9-23.
Birman, J. (2006). Tatuando o desamparo. In M. R. Cardoso (Ed.), Adolescentes. São Paulo: Editora Escuta.
Birman, J. (2007). Mal-estar na atualidade: A psicanálise e as novas formas de subjetivação. (2rd ed). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Bleichmar, S. (2007). Paradojas de la sexualidad masculina. Buenos Aires: Paidós.
Bleichmar, S. (2009). El desmantelamiento de la subjetividad ”“ estallido del yo. Buenos Aires: Topía Editorial.
Burin, M. (2000). Atendiendo el malestar de los varones. In M. Burin, & I. Meler. (Eds.), Varones: Género e subjetividad masculina (pp. 339-364). Buenos Aires: Paidós.
Ceccarelli, P. (1998). A masculinidade e seus avatares. Catharsis, 19(4), 10-11.
Chaves, J. (2003). Contextuais e pragmáticos: Os relacionamentos amorosos na pós-modernidade. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Costa-Júnior, F. M., & Maia, A. C. B. (2009). Concepções de homens hospitalizados sobre a relação entre gênero e saúde. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25, 55-63.
Debord, G. (1997). A sociedade do espetáculo: Comentários sobre a sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto.
Dockhorn, C., & Macedo, M. (2008). A complexidade dos tempos atuais: reflexões psicanalíticas. Revista Argumento Psicologia, 54(26), 217-224.
Freud, S. (1909/2006). Análise de uma fobia em um menino de cinco anos. In J. Strachey (Ed. & Trad.), Edição Standard das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. X pp.12-133). Rio de Janeiro: Imago.
Freud, S. (1914/2004). À guisa de introdução ao narcisismo. In L. Hanns (Ed. & Trad.), Escritos sobre a psicologia do inconsciente (Vol. I pp.95-131). Rio de Janeiro: Imago.
Freud, S. (1917 [1916]/2006). Conferência XXVII: Transferência. In J. Strachey (Ed. & Trad.), Edição Standard das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. XVI pp.433-448). Rio de Janeiro: Imago.
Hausen, D. (2004). O trauma da castração: Sua origem / sua sorte. Revista do CEP de PA, 11, 69-88
Hornstein, L. (1989). Introdução à Psicanálise. São Paulo: Escuta.
Hornstein, L. (2007, setembro). ¿Acaso los hombres no lloran? La Nacion, Buenos Aires.
Hornstein, L. (2008). As depressões: Afetos e humores do viver. São Paulo: Via Lettera: Centro de Estudos psicanalíticos.
Jerusalinsky, A. (2007). Seminário V: O declínio do império patriarcal. São Paulo: USP, Pré-Escola Terapêutica Lugar de Vida.
Kehl, M. R. (1996). A mínima diferença: Masculino e feminino na cultura. Rio de Janeiro: Imago.
Kehl, M. R. (2004). A impostura do macho. Artigos e Ensaios. Jornada da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. A Masculinidade. Retrieved from http://www. mariaritakehl.psc.br/ PDF/aimposturadomacho.pdf.
Kupermann, D. (2008). Presença Sensível: cuidado e criação na clínica psicanalítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Laplanche, J., & Pontalis, J. B. (2000). Vocabulário de Psicanálise (3rd Ed). São Paulo: Martins Fontes.
Lasch, C. (1990). O mínimo eu: Sobrevivência psíquica em tempos difíceis (5rd Ed). São Paulo: Editora Brasiliense.
Macedo, M. M. K. (2003). Uma leitura psicanalítica sobre o sofrimento na pós-modernidade. In P. Guareschi, A. Pizzinato, L. Krüger, & M. Macedo (Eds.), Psicologia em Questão: reflexões sobre a contemporaneidade (pp. 163-175). Porto Alegre: EDIPUCRS.
Macedo, M. M. K (2006). Tentativa de suicídio: o traumático via ato-dor. Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Macedo, M. M. K., & Falcão, C. N. B. (2005). A escuta na psicanálise e a psicanálise da escuta. Psychê, 9(15), 65-76.
Machado, F. (2008). Grupo de homens: repensando o papel masculino na sociedade contemporânea [Versão Eletrônica]. Pesquisa Psicológica: Revista Científica de Psicologia, 2(1), 1-31.
Maia, M. (2005). Extremos da alma: Dor e trauma na atualidade da clínica psicanalítica. (2ªed.) Rio de Janeiro: Garamond.
Meler, I. (2000). La sexualidad masculina. Um estudio psicoanalítico de género. In M. Burin, & I. Meler (Eds.), Varones: Género e subjetividad masculina (pp. 149-198). Buenos Aires: Paidós.
Rosa, M. (2008). Ser um homem segundo a tradição? Fractal Revista de Psicologia, 20(2), 437-446.
Roudinesco, E. (2000). Por que a Psicanálise? Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Siqueira, M. J. T. (1997). A constituição da identidade masculina: Alguns pontos para discussão. Psicologia USP, 8(1), 113-130.
Souza, C. L. C.; Benetti, S. P. C. (2009). Paternidade contemporânea: Levantamento da produção acadêmica no período de 2000 a 2007. Paidéia, 19(42), 97-106.
Staudt, A. C. P. (2007). Novos tempos, novos pais? O ser pai na contemporaneidade. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Publicado

2012-07-02

Cómo citar

Ferreira da Silva, F. C., & Macedo, M. M. K. (2012). A escuta do masculino na clínica psicanalítica contemporânea:: singularidades de um padecer. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 28(2), 205–217. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17567