Processos de Significação no Primeiro Ano de Vida

Autores/as

  • Kátia de Souza Amorim Universidade de São Paulo

Palabras clave:

Psicologia do desenvolvimento, Bebê, Significação, Linguagem, Corporeidade

Resumen

Estudos anteriores apontaram para competências de significação, em bebês. Ancorados em referencial histórico-cultural, polemizou-se a significação anterior à internalização de signos verbais. Assim, objetivou-se estudar significação e linguagem em bebês, através de estudos de caso múltiplos, com base na Rede de Significações. No diálogo entre empírico com teórico, considera-se que a significação ocorra, mesmo quando não reconhecida pelo parceiro. A linguagem é apreendida na mútua responsividade, as significações e os modos de significação sendo vistos como co-construídos desde o nascimento. O signo é considerado como tendo múltiplas materialidades, implicando, mas não se restringindo, à palavra. No bebê, destaca-se a corporeidade na significação, o signo estando materializado no corpo. A discussão abre questões que demandam novas incursões.

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Publicado

2012-04-03

Cómo citar

Amorim, K. de S. (2012). Processos de Significação no Primeiro Ano de Vida. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 28(1), 45–53. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17551