Uma Escala de Valores Organizacionais com base na Teoria de Valores Culturais de Schwartz

Autores

  • Juliana B. Porto Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Valores organizacionais, Validação de escala, Teoria de Schwartz

Resumo

O objetivo deste estudo foi desenvolver e testar empiricamente a estrutura interna de um instrumento de medida dos valores organizacionais, adotando como modelo de referência a teoria de valores culturais. Três estudos foram conduzidos. O primeiro testou a estrutura interna da escala por meio de escalonamento multidimensional. O segundo descreve a análise fatorial confirmatória da escala e a sua relação com variáveis externas. O terceiro relacionou a nova escala com a Escala de Valores Competitivos. Os resultados do conjunto de estudos apresentaram evidências de adequação da escala e suporte ao modelo teórico. Essa escala pode avançar os estudos na área ao permitir o desenvolvimento e identificação de configurações culturais para além dos modelos anteriores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Juliana B. Porto, Universidade de Brasília

Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações da Universidade de Brasília.

Referências

Abbott, G. N., White, F. A., & Charles, M. A. (2005). Linking
values and organizational commitment: A correlational and
experimental investigation in two organizations. Journal of
Occupational and Organizational Psychology, 78(4), 531”“551.
doi:10.1348/096317905X26174
Baer, M., & Frese, M. (2003). Innovation is not enough: Climates
for initiative and psychological safety, process innovations,
and firm performance. Journal of Organizational Behavior,
24(1), 45”“68. doi:10.1002/job.179
Bilsky, W., & Jehn, K. A. (2002). Organisationskultur und
individuelle werte: Belege für eine gemeinsame struktur. In
M. Myrtek (Ed.), Die Person im biologischen und sozialen
Kontext (pp. 211”“228). Göttingen: Hogrefe.
Borg, I., Groenen, P. J. F., Jehn, K. A., Bilsky, W., & Schwartz, S.
H. (2011). Embedding the organizational culture profile into
Schwartz’s theory of universals in values. Journal of Personnel
Psychology, 10(1), 1”“12. doi:10.1027/1866-5888/a000028
Borges-Andrade, J. E., Afanasief, R. S., & Silva, M. S. (1989).
Mensuração de comprometimento organizacional em
instituições públicas. In SBP (Ed.), Anais da Reunião Anual
de Psicologia (p. 236). Ribeirão Preto, SP: SBP.
Cameron, K. S., & Quinn, R. E. (2011). Diagnosing and changing
organizational culture: Based on the competing values
framework (3rd ed.). San Francisco, CA.: Jossey-Bass.
Chan, D. (2014). Multilevel aggregation issues in climate and
culture research. In B. Schneider & K. M. Barbera (Eds.), The
Oxford handbook of organizational climate and culture (pp.
484”“495). New York, NY: Oxford University Press.
Crant, J. M. (2000). Proactive behavior in organizations.
J o u r n a l o f M a n a g e m e n t , 2 6 ( 3 ) , 4 3 5 ”“ 4 6 2 .
doi:10.1177/014920630002600304
Dylag, A., Jaworek, M., Karwowski, W., Kożusznikc,M., &
Marekd, T. (2013). Discrepancy between individual and
organizational values: Occupational burnout and work
engagement among white-collar workers. International
Journal of Industrial Ergonomics, 43, 225-231. doi:
10.1016/j.ergon.2013.01.002
Engelbrecht, A. S., van Aswegen, A. S., & Theron, C. C. (2005).
The effect of ethical values on transformational leadership
and ethical climate in organisations. South African Journal of
Business Management, 36(2), 19”“26.
Fernandes, H. de A., & Ferreira, M. C. (2009). O impacto dos
valores pessoais e organizacionais no comprometimento
com a organização. Psico-USF (Impresso), 14(3), 341”“354.
doi:10.1590/S1413-82712009000300010
Hartnell, C. A., Ou, A. Y., & Kinicki, A. (2011). Organizational
culture and organizational effectiveness: A meta-analytic
investigation of the competing values framework’s theoretical
suppositions. Journal of Applied Psychology, 96(4), 677”“94.
doi:10.1037/a0021987
Hofstede, G., Neuijen, B., Ohayv, D. D., & Sanders, G. (1990).
Measuring organizational cultures: A qualitative and
quantitative study across twenty cases. Administrative Science
Quarterly, 35(2), 286. doi:10.2307/2393392
Hu, L., & Bentler, P. M. (1999). Cutoff criteria for fit indexes in
covariance structure analysis: Conventional criteria versus
new alternatives. Structural Equation Modeling, 6(1), 1”“55.
doi:10.1080/10705519909540118
Kalliath, T. J., Bluedorn, A. C., & Strube, M. J. (1999). A test of
value congruence effects. Journal of Organizational Behavior,
20(7), 1175”“1198.
Kamia, M., & Porto, J. B. (2009). Desenvolvimento e validação da
escala de comportamento proativo nas organizações - ECPO.
Avaliação Psicológica, 8(3), 359”“367.
Katz, D., & Kahn, R. L. (1974). Psicologia social das organizações.
São Paulo: Atlas.
Latorre, S. Z. (2006). Perfis de cultura e de valores organizacionais:
Um estudo em empresas de tecnologia (Dissertação de
mestrado não publicada). Universidade Presbiteriana
Mackenzie, São Paulo, Brasil.
Matziari, A., Montgomery, A. J., Georganta, K., & Doulougeri, K.
(2016). The relationship between organizational practices and
values with burnout and engagement. Current Psychology,
Early Cite: doi: 10.1007/s12144-016-9413-7.
Mowday, R. T., Steers, R. M., & Porter, L. W. (1979). The
measurement of organizational commitment. Journal of
Vocational Psychology, 14, 224”“247.
Naidoo, P., & Martins, N. (2014). Investigating the relationship
between organizational culture and work engagement.
Problems and Perspectives in Management, 12, 432-440.
Oliveira, A. de F., & Tamayo, A. (2004). Inventário de perfis de
valores organizacionais. Revista de Administração, USP,
39(2), 129”“140.
O’Reilly, C. A., Chatman, J., & Caldwell, D. F. (1991). People
and organizational culture: A profile comparison approach to
assessing person-organization fit. Academy of Management
Journal, 34(3), 487”“516. doi:10.2307/256404
Paschoal, T., Álvaro, J.-L., & Porto, J. B. (2015). The moderating
effect of personal values in the relationship between working
conditions and wellbeing / El efecto moderador de los valores
personales en la relación entre condiciones de trabajo y
bienestar. Revista de Psicología Social, 30(1), 89”“121. doi:1
0.1080/02134748.2014.987505
Paschoal, T., & Tamayo, A. (2008). Construção e validação da escala
de bem-estar no trabalho. Avaliação Psicológica, 7(1), 11”“22.
Ribeiro, P. E. C. D., Porto, J. B., Puente-Palacios, K. E., & Resende,
M. M. (2016). Clima ético nas organizações: Evidências de
validade de uma escala de medida. Temas Em Psicologia.
Sagiv, L., & Schwartz, S. H. (2007). Cultural values in organisations:
Insights for Europe. European Journal of International
Management, 1(3), 176. doi:10.1504/EJIM.2007.014692
Sarros, J. C., Gray, J., Densten, I. L., & Cooper, B. (2005). The
organizational culture profile revisited and revised: An
Australian perspective. Australian Journal of Management,
30(1), 159”“182. doi:10.1177/031289620503000109
Satorra, A., & Bentler, P. M. (2001). A scaled difference chi-square
test statistic for moment structure analysis. Psychometrika,
66(4), 507”“514. doi:10.1007/BF02296192
Schaufeli, W. B., Bakker, A. B., & Salanova, M. (2006).
The measurement of work engagement with a short
questionnaire: A cross-national study. Educational
and Psychological Measurement, 66(4), 701”“716.
doi:10.1177/0013164405282471
Schaufeli, W. B., Salanova, M., González-Romá, V., & Bakker, A.
B. (2002). The measurement of engagement and burnout: A
confirmatory factor analytic approach. Journal of Happiness
Studies, 3(1), 71”“92. doi:10.1023/A:1015630930326
Schein, E. H. (2010). Organizational culture and leadership (4th
ed.). San Francisco, CA: Jossey-Bass.
Schneider, B., & Barbera, K. M. (2014). The Oxford handbook of
organizational climate and culture. New York, NY: Oxford
University Press.
Schwartz, S. H. (1992). Universals in the content and structure
of values: Theoretical advances and empirical tests in 20
countries. In M. P. Zanna (Ed.), Advances in experimental
social psychology (Vol. 24, pp. 1”“65). San Diego: Academic.
Schwartz, S. H. (1999). A theory of cultural values and some
implications for work. Applied Psychology, 48(1), 23”“47.
doi:10.1111/j.1464-0597.1999.tb00047.x
Schwartz, S. H. (2006). A theory of cultural value orientations:
Explication and applications. Comparative Sociology, 5(2),
137”“182. doi:10.1163/156913306778667357
Schwartz, S. H. (2012). An overview of the Schwartz theory of
basic values. Online Readings in Psychology and Culture, 2(1).
http://dx.doi.org/10.9707/2307-0919.1116.*
Schwartz, S. H., Cieciuch, J., Vecchione, M., Davidov, E., Fischer,
R., Beierlein, C., … Konty, M. (2012). Refining the theory
of basic individual values. Journal of Personality and Social
Psychology, 103(4), 663”“88. doi:10.1037/a0029393
Stackman, R. W., Pinder, C. C., & Connor, P. E. (2000). Values
lost. In N. M. Ashkanasy, C. P. M. Wilderom, & M. F. Peterson
(Eds.), Handbook of organizational culture and climate (pp.
37”“54). Thousand Oaks, CA: Sage.
Suharti, L., & Suliyanto, D. (2012). The effects of organizational
culture and leadership style toward employee engagement
and their impacts toward employee loyalty. World Review of
Business Research, 2, 128-139.
Tamayo, A. (1998). Valores organizacionais: Sua relação com satisfação
no trabalho, cidadania organizacional e comprometimento afetivo.
Revista de Administração, USP, 33(3), 56”“63.
Tamayo, A. (2005). Impacto dos valores pessoais e organizacionais
sobre o comprometimento organizacional. In A. Tamayo & J.
B. Porto (Eds.), Valores e comportamento nas organizações
(pp. 160”“186). Rio de Janeiro: Vozes.
Tamayo, A. (2008). Valores organizacionais e comprometimento
afetivo. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 6(3),
192”“213.
Tamayo, A., Mendes, A. M., & Paz, M. G. T. (2000). Inventário
de valores organizacionais. Estudos de Psicologia (Natal),
5(2), 289”“315.
Tindale, R. S., Smith, C. M., Thomas, L. S., Filkins, J., & Sheffey,
S. (1996). Shared representations and asymmetric social
influence processes in small groups. In E. Witte & J. H. Davis
(Eds.), Understanding group behavior: Consensual action by
small groups (pp. 81”“103). New York, NJ: Lawrence Erlbaum.
Trevino, L. K., Butterfield, K. D., & McCabe, D. L. (1998). The
ethical context in organizations: Influences on employee
attitudes and behaviors. Business Ethics Quarterly, 8(3), 447.
doi:10.2307/3857431
Vandenberghe, C., & Peiro, J. M. (1999). Organizational and
individual values: Their main and combined effects on
work attitudes and perceptions. European Journal of
Work and Organizational Psychology, 8(4), 569”“581.
doi:10.1080/135943299398177
Victor, B., & Cullen, J. B. (1988). The organizational bases of ethical
work climates. Administrative Science Quarterly, 33(1), 101.
doi:10.2307/2392857

Downloads

Publicado

2017-05-23

Como Citar

Porto, J. B. (2017). Uma Escala de Valores Organizacionais com base na Teoria de Valores Culturais de Schwartz. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 32(5). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/19397

Edição

Seção

Estudos Empíricos