PSICOLOGIA SOCIAL COMO CIÊNCIA E PRÁTICA:

O QUE PENSAM PESQUISADORES BRASILEIROS?

Autores

  • Valdiney V Gouveia Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Psicologia.

Palavras-chave:

Psicologia Social, Crise, Relevância, Ciência básica, Ciência aplicada

Resumo

O objetivo deste estudo foi conhecer como pesquisadores da Psicologia Social brasileira a concebem, considerando a dicotomia ciência-prática. Participaram 100 representantes de grupos de pesquisa desta disciplina. Estes responderam questionário online com cinco partes: concepções da psicologia social, representantes da área, periódicos de referência, atitudes frente à disciplina como ciência aplicada e básica e informações demográficas. A psicologia social foi concebida como sócio-histórico-crítica, polarizando entre Silvia Lane e Aroldo Rodrigues. Considerou-se Psicologia & Sociedade como mais apropriada para publicações desta área, destacando-se internacionalmente o Journal Personality and Social Psychology. As atitudes dos participantes a caracterizaram como mais aplicada. Concluindo, predomina a perspectiva abrapsiana no Brasil, divergindo alguns pesquisadores da psicologia social clássica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Boutilier, R. G., Roed, J. C., & Svendsen, A. C. (1980). Crisis in
the two social psychologies: A critical comparison. Social
Psychology Quarterly, 43, 5-17.
Castañon, G. A. (2004). Pós-modernismo e política científica na
psicologia contemporânea: Uma revisão crítica. Temas em
Psicologia, 12, 155-167.
Chen, S. X. (2010). From emic to etic: Exporting indigenous
constructs. Social and Personality Psychology Compass, 4,
364-378.
Elms, A. C. (1975).The crisis of confidence in social psychology.
American Psychologist, 30, 967-976.
Erikson, E. H. (1980). Identity and the life cycle. New York: Norton.
Ferreira, M. C. (2010). A psicologia social contemporânea:
Principais tendências e perspectivas nacionais e internacionais.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26, 51-64.
Gergen, K. J. (1973). Social psychology as history. Journal of
Personality and Social Psychology, 20, 309-320.
Hayton, J. C., Allen, D. G., & Scarpello, V. (2004). Factor retention
decisions in exploratory factor analysis. Organizational
Research Methods, 7, 191-205.
Hofstede,G., Hofstede, G. J., & Minkov, M. (2010). Cultures
and organizations: Software of the mind.(3ª ed.). New York:
McGraw-Hill.
Karasawa, M. (2002). Patriotism, nationalism, and internationalism
among Japanese citizens: An etic-emic approach. Political
Psychology, 23, 645-666.
Kuhn,T. S. (2003). A estrutura das revoluções científicas (B. V.
Doiera & N. Boiera, Trans, 7ª ed.), São Paulo: Perspectiva.
(Trabalho original publicado em 1962)
Krüger, H. (2013). Social psychology in Brazil and in the
international scene. Estudos de Psicologia (Natal), 18, 57-64.
Lane, S. T. M. (1981). O que é psicologia social. São Paulo, SP:
Brasiliense.
Lane, S. T. M., & Codo, W. (Eds.). (1984). Psicologia social: O
homem em movimento. São Paulo: Brasiliense.
Lima, A. F. (2010). Gênese, desenvolvimento e redefinição
da psicologia social: Da separação epistemológica ao
compromisso com a práxis. Revista Psicologia e Saúde, 2,
72-79.
Lima, R. S. (2009). História da psicologia social no Rio de Janeiro:
Dois importantes personagens. Revista de Psicologia, 21,
409-424.
Moghaddam, F. M. (1987). Psychology in the worlds: As reflected
by the crisis in social psychology and the move toward
indigenous Third-World psychology. American Psychologist,
42, 912-920.
Molon, S. I. (2001). A psicologia social abrapsiana: Apontamentos
históricos. Interações, 6, 41-68.
Motta, F. C. P., & Alcadipani, R. (1999). Jeitinho brasileiro, controle
social e competição. Revista de Administração de Empresas,
39, 6-12.
Nederhof, A. J., & Zwier, A. G. (1983). The ‘crisis’ in social
psychology, an empirical approach. European Journal of Social
Psychology, 13, 255-280.
Rodrigues, A. (l972). Psicologia social. Petrópolis, RJ: Vozes.
Rodrigues, A. (2008). The full cycle of an Interamerican journey in
social psychology. In R. V. Levine, A. Rodrigues, & L. Zelezny
(Eds.), Career journeys in social psychology:Looking Back to
Inspire the Future (pp. 105-127). New York: Taylor & Francis.
Sá, C. P. (2007). Sobre a psicologia social no Brasil, entre memórias
históricas e pessoais. Psicologia & Sociedade, 19, 7-13.
Silverman, I. (1971). Crisis in social psychology: The relevance of
relevance. American Psychologist, 1971, 583-584.
Sousa, E. A. (2009). Silvia Lane: Uma contribuição aos estudos
sobre a Psicologia Social no Brasil. Temas em Psicologia,
17, 225-245.
Torres, A. R. R., & Álvaro, J. L. (2013). Brazilian Social Psychology
in the international setting. Estudos de Psicologia (Natal),
18, 69-74.
Torres, C. V., & Neves, L. M. G. S. (2013). Research topics in social
psychology in Brazil. Estudos de Psicologia (Natal), 18, 5-12.
Trindade, E. M. V., & Costa, L. F. (2009). A crise da ciência moderna
na psicologia: Reflexões sobre ouras saídas históricas, tais
como a ‘epistemologia qualitativa’. Comunicação em Ciências
da Saúde, 20, 167-174.
Vitelli, R. (1988). The crisis issue assessed na empirical analysis.
Basic and Applied Social Psychology, 9, 301-309.

Downloads

Publicado

2016-02-22

Como Citar

Gouveia, V. V. (2016). PSICOLOGIA SOCIAL COMO CIÊNCIA E PRÁTICA:: O QUE PENSAM PESQUISADORES BRASILEIROS?. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 31(4), 491–500. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18059