Identificação precoce do risco para transtornos da atenção e aprendizagem: estudo piloto

Autores

  • Olga Valéria Andrade Colégio Criativo Unesp- Marília
  • Paulo Estêvão Andrade Colégio Criativo Unesp - Marília
  • Simone Aparecida Capellini Unesp- Marília

Palavras-chave:

Psicologia; Aprendizagem, Dislexia, Transtornos de aprendizagem, Educação

Resumo

Este estudo testou a acurácia de atividades pedagógicas coletivas que não envolvem leitura, como julgamentos fonológicos a partir do pareamento entre figuras e de figuras com palavras faladas, em identificar escolares de risco para transtornos de atenção e/ou aprendizagem. Quarenta e cinco escolares do 2º ano (idade média de 7 anos, 29 do gênero masculino), foram divididos em grupo controle, sem dificuldade de leitura-escrita (n = 32), e grupo de risco, com dificuldade de leitura (n = 13). Os desempenhos nas atividades pedagógicas coletivas mais de 1,65 DP abaixo do grupo controle (escores acima do limite inferior do intervalo de confiança de 95%) apresentaram boa sensitividade (verdadeiros positivos) e especificidade (verdadeiros negativos) na identificação dos escolares do grupo de risco.

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Publicado

2013-07-04

Como Citar

Andrade, O. V., Andrade, P. E., & Capellini, S. A. (2013). Identificação precoce do risco para transtornos da atenção e aprendizagem: estudo piloto. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 29(2), 167–176. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17604

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