Psicoterapia, Dor & Complexidade:

Construindo o Contexto Terapêutico

Autores

  • Maurício da Silva Neubern Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Psicoterapia, Dor, Complexidade, Subjetividade, Contexto

Resumo

O presente trabalho possui o duplo objetivo de apresentar a concepção da dor como um processo complexo e subjetivo, como também de apontar a psicoterapia como um recurso capaz de redefinir a influência do contexto que perpassa a experiência de dor. Partindo-se de três estudos de caso de pacientes com dor crônica, destacou-se a complexidade da experiência dos sujeitos, perpassada por processos culturais, biológicos, sociais, pessoais e históricos, como ainda as formas pelas quais a psicoterapia proporcionou mudanças significativas na inserção dos sujeitos em seus respectivos contextos relacionais. Ressaltase a importância do papel do terapeuta na desconstrução de narrativas inadequadas e na compreensão da dor enquanto um processo subjetivo ligado ao sujeito e ao seu mundo social.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Andersen, T. (1996). Processos reflexivos (R. Bergallo, Trad.).
Rio de Janeiro: Noos. (Trabalho original publicado em 1988).
Anderson, H. (1997). Conversation, language and possibilities.
New York: Basic Books.
Barber, J. (1996). Hypnosis and suggestion in the treatment of
pain. New York: Norton.
Bateson, G. (2000). Steps to an ecology of mind. Chicago:
University of Chicago Press. (Trabalho original publicado em
1972)
Boscolo, L., & Bertrando, P. (1996). Systemic therapy with
individuals. London: Karnac Books.
Carroy, J. (2000). L’invention du mot psychothérapie et ses
enjeux. Psychologie Clinique, 9, 11-30.
Carvalho, M. (1999). Dor: um estudo multidisciplinar. São
Paulo: Summus.
Ebell, H. (2008). The therapist as a travelling companion
to the chronically ill: Hypnosis and cancer related symptons.
Contemporary Hypnosis, 25, 46-56.
Erickson, M. (1959). Hypnosis in painful terminal illness.
American Journal of Clinical Hypnosis, 1, 117-121.
Erickson, M. (1985). An introduction to the study and
application of hypnosis in pain control. Em E. Rossi (Org), Healing
in hypnosis (pp. 217-278). New York: Irvington.
Erickson, M., & Rossi, E. (1979). Hypnotherapy: An exploratory
casebook. New York: Irvington.
Gaulejac, V. (1999). Histoire en heritage. Roman familial et
trajectoire social. Paris: Desclée de Browner.
Gergen, K. (1996). Realidad y relaciones. Barcelona: Paidós.
Gonzalez Rey, F. (2003). Sujeito e subjetividade. São Paulo:
Thomsom.
Gonzalez Rey, F. (2005). Pesquisa qualitativa e subjetividade.
São Paulo: Thomsom.
Gonzalez Rey, F. (2007). Psicoterapia, subjetividade e pósmodernidade.
São Paulo: Thomsom.
Hycner, R. (1995). De pessoa a pessoa. Psicoterapia dialógica
(E. Gomes, Trad). São Paulo: Summus. (Trabalho original publicado
em 1988)
Jensen, M., & Patterson, D. (2006). Hypnotic treatment of
chronic pain. Journal of Behavioral Medicine, 29, 95-124.
Keeney, B. (1994). Estetica del cambio. Barcelona: Paidós.
Kornblit, A. (1996). Somatica familiar. Barcelona: Gedisa.
Laurence, J. R., & Perry, C. (1988). Hypnosis, will and memory.
New York: Guilford Press.
Levy, R., & Walker, L. (2005). Cognitive behavioral therapy
for recurrent abdominal pain. Journal of Cognitive Psychotherapy,
19, 137-149.
Lewadowski, W., R. Morris, Draucker, C., & Risko, J. (2007).
Chronic pain and the family: Theory driven treatment approaches.
Issues in Mental Health Nursing, 28, 1019-1044.
Louro, G. (2002). Gênero, sexualidade e educação: uma
abordagem pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes.
Merleau-Ponty, M. (1949). Phénoménologie de la perception.
Paris: Gallimard.
Morin, E. (1991). La Méthode IV. Les idées. Paris: Seuil.
Morin, E. (2001). La methode V. L’humanité de l’humanité.
L’identité humaine. Paris: Seuil.
Neubern, M. (2004). Complexidade e psicologia clínica.
Desafios epistemológicos. Brasília: Plano Editora.
Neubern, M. (2009a). Psicologia, hipnose e subjetividade.
Revisitando a história. Belo Horizonte: Diamante.
Neubern, M. (2009b). Hipnose, dor e subjetividade:
considerações teóricas e clínicas. Psicologia em Estudo (Maringá),
14, 303-30.
Neubern, M. (2009c). Hipnose e dor: proposta de metodologia
clínica e qualitativa. Psico (USF), 14, 201-209.
Nogueira, C., Lauretti, G., & Costa, R. (2005). Avaliação
duplamente encoberta da hipnose em fibromialgia. São Paulo
Medical Journal, 14 (supl 1), 123.
Patterson, D. (2004). Treating pain with hypnosis. American
Psychological Society, 13, 252-255.
Pimenta, C. A. (2001). Dor crônica, terapia cognitiva
comportamental e o enfermeiro. Revista de Psiquiatria Clínica,
28, 288-294.
Rossi, E., & Cheek, D. (1988). Mind-body therapy. Methods of
ideodynamic healing in hypnosis. New York: Norton.
Santos, B. (2000). A crítica da razão indolente. São Paulo:
Cortez.
Skevington, S. (1995). Psychology of pain. Chichester: John
Wiley & Sons.
Stengers, I. (1995). L’Invention des sciences modernes. Paris:
Flammarion.
Thorn, B., & Kuhajda, M. (2006). Group cognitive therapy
for chronic pain. Journal of Clinical Psychology, 62, 1355-1366.
Vandenberghe, L., & Ferro, C. (2005). Terapia de grupo
embasada em psicoterapia analítica funcional como abordagem
terapêutica para dor crônica: possibilidades e perspectivas.
Psicologia: Teoria e Prática, 7, 137-151.
White, M., & Epston, D. (1993). Medios narrativos para fines
terapêuticos. Barcelona: Paidós.
Zeig, J. (2006). The virtues of our faults: A key concept of
ericksonian therapy. Em J. Zeig (Org.), Confluence: The selected
papers of Jeffrey K. Zeig (pp. 71-94). Phoenix: Zeig, Tucker &
Theisen.

Downloads

Publicado

2010-12-07

Como Citar

Neubern, M. da S. (2010). Psicoterapia, Dor & Complexidade:: Construindo o Contexto Terapêutico. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 26(3), 515–523. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17472

Edição

Seção

Estudos Empíricos