Intervenção Cognitivo-Comportamental e Adesão ao Tratamento em Pessoas com HIV/Aids

Autores

  • Quintino de Medeiros Faustino Universidade de Brasília
  • Eliane Maria Fleury Seidl Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Intervenção cognitivo-comportamental, HIV/Aids, Adesão ao tratamento antirretroviral, Enfrentamento, Autoeficácia

Resumo

Foram investigados efeitos da intervenção cognitivo-comportamental sobre a adesão inadequada à terapia antirretroviral. Participaram dois homens (P1 e P2) acometidos pela Aids. Uma mulher soropositiva (P3) funcionou como controle. Foram comparadas avaliações de comportamento de adesão, estratégias de enfrentamento, expectativa de autoeficácia para aderir à terapia e variáveis biológicas de três momentos - linha de base (LB), imediatamente após (M2) e três meses depois (M3) da intervenção. Os participantes P1 e P2 relataram aumentos nos níveis de adesão à terapia, nos escores de autoeficácia e no enfrentamento focalizado no problema. A participante P3 manteve adesão insuficiente e baixos escores de autoeficácia. Conclui-se que a intervenção cognitivo-comportamental teve efeitos positivos sobre a adesão à terapia antirretroviral.

 

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Publicado

2010-05-11

Como Citar

de Medeiros Faustino, Q., & Fleury Seidl, E. M. (2010). Intervenção Cognitivo-Comportamental e Adesão ao Tratamento em Pessoas com HIV/Aids. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 26(1), 121. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17448