Casa do Pai, Casa da Mãe:
A Coparentalidade após o Divórcio
Palavras-chave:
Coparentalidade, Divórcio, Conjugalidade, Vínculos, FamíliaResumo
A coparentalidade implica num interjogo de papéis que se relaciona com o cuidado global da criança, envolvendo responsabilidade conjunta dos pais pelo bem-estar desta. Foi realizado um estudo qualitativo com pais e com mães separados/divorciados, enfocando a temática da educação e da coparentalidade após o divórcio. Os resultados apontaram para a importância das variáveis conjugalidade e vínculos pais-filhos no exercício da coparentalidade, sendo esta atravessada também pela coabitação, o sexo dos pais e filhos e as condições financeiras dos progenitores. Revelaram, também, pais mais participativos ou desejosos de participar na educação dos filhos, bem como mães mais satisfeitas com a guarda e menos culpadas com suas escolhas, comparados com outros relatos da literatura, evidenciando um novo cenário pós-divórcio.
Downloads
Referências
Amato, P. R., & Gilbreth, J. G. (1999). Nonresident fathers and children’s well-being: A meta-analysis. Journal of Marriage and the Family, 61, 557-573.
Carter, E., & McGoldrick, M. (2001). As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1980)
Erera, P., Minton, C., Pasley, K., & Mandel, S. (1999). Fathering after divorce in Israel and U.S. Journal of Divorce & Remarriage, 31, 55-82.
Feinberg, M. E. (2002). Coparenting and the transition to parenthood: A framework for prevention. Clinical Child and Family Psychology Review, 5, 173-195.
Grzybowski, L. S. (2002). Famílias monoparentais: mulheres divorciadas chefes de família. Em A. Wagner (Org.), Família em cena: tramas, dramas e transformações (pp. 39-53). Rio de Janeiro: Vozes.
Grzybowski, L. S. (2007). O envolvimento parental após a separação/divórcio. Porto Alegre: PUCRS.
Hackner, I., Wagner, A., & Grzybowski, L. S. (2006). A manutenção da parentalidade frente à ruptura da conjugalidade. Pensando Famílias, 10, 73-86.
Hilton, J., & Desrochers, S. (2000). The influence of economic strain, coping with roles and parenting of custodial single mothers and custodial single fathers. Journal of Divorce and Remarriage, 33, 1-19.
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2006). Estatísticas do registro civil. Rio de Janeiro: IBGE.
Linker, F., Stolberg, A., & Green, R. (1999). Family communication as a mediator of child adjustment to divorce. Journal of Divorce and Remarriage, 30, 83-97.
Maccoby, E., Depner, C., & Mnookin, R. (1990). Coparenting in the second year after divorce. Journal of Marriage and the Family, 52, 141-155.
Madden-Derdich, D., & Leonard, S. (2002a). Parental role identity and father’s involvement in coparental interaction after divorce: Father’s perspectives. Family Relations, 49, 311-318.
Madden-Derdich, D., & Leonard, S. (2002b). Shared experiences, unique realities: Formerly married mother’s and father’s perceptions of parenting and custody after divorce. Family Relations, 51, 37-45.
Margolin, G., Gordis, E., & John, R. (2001). Coparenting: A link between marital conflict and parenting in two-parent families. Journal of Family Psychology, 15, 3-21
Masheter, C. (1997). Healthy and unhealthy friendship and hostility between ex-spouses. Journal of Marriage and the Family, 59, 463-475.
McHale, J. P., Kuersten-Hogan, R., & Rao, N. (2004). Growings points for coparenting theory and research. Journal of Adult Development, 11, 221-234.
Nielsen, L. (1999). Demeaning, demoralizing and disenfranchising divorced dads: A review of the literature. Journal of Divorce & Remarriage, 31, 139-177.
Olabuénaga, J. I. R., & Ispizua, M. A. (1989). La descodificación de la vida cotidiana: Métodos de investigación cualitativa. Bilbao: Universidade de Densto.
Parke, R. D. (1996). Fatherhood. Cambridge: Harvard University.
Pleck, J. H. (1997). Paternal involvement: Levels, sources, and consequences. Em M. Lamb. (Org.), The role of the father in child development (pp. 89-105). New York: John Wiley & Sons.
Silva, M. R. (2003). Sentimentos sobre a paternidade e envolvimento paterno de pais que residem e pais que não-residem com seus filhos. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Silva, M. R., & Piccinini, C. A. (2004). O envolvimento paterno em pais não-residentes: algumas questões teóricas. Psico, 35, 185-194.
Staudt, A. C. P. (2007). Paternidade em tempos de mudança: uma reflexão sobre a contemporaneidade. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Stewart, M., Copeland, A., Chester, N., Malley, J., & Barenbaum, N. (1997). Separating together: How divorce transforms families. Nova York: Guiford Press.
Stewart, D., & Shamdasani, P. (1990). Focus groups: Theory and practice. Newbury Park, CA: SAGE.
Stone, G., & McKenry, P. (1998). Nonresidential father involvement: A test of a mid-range theory. The Journal of Genetic Psychology, 159, 313-336.
Struss, M., Pfeiffer, C. Preuss, U., & Felder, W. (2001). Adolescents from divorced families and their perceptions of visitations arrangements and factors influencing parent-child contact. Journal of Divorce and Remarriage, 35, 75-89.
Talbot, J. A., & McHale, J. P. (2004). Individual parental adjustment moderates the relationship between marital and coparenting quality. Journal of Adult Development, 11, 191-205.
Thompson, R. S., & Laible, D. J. (1999). Noncustodial Parents. Em M. Lamb (Org.), Parenting and chil development in “nontradicional” families (pp. 103-123). New Jersey: Lawrence Eribaum.
Thomson, E., Mosley, J., Hanson,T., & McLanahan, S. (2001). Remarriage, cohabition and changes in mothering behavior. Journal of Marriage and Family, 63, 370-380.
Van Egeren, L. A., & Hawkins, D. P. (2004). Coming to terms with coparenting: Implications of definition and measurement. Journal of Adult Development, 11, 165-178.
Wagner, A. (2002). Possibilidades e potencialidades da família: a construção de novos arranjos a partir do recasamento. Em A. Wagner (Org.), Família em cena: tramas, dramas e transformações (pp. 23-38). Petrópolis: Vozes.
Walker, A., & McGraw, L. (2000). Who is responsible for responsible fathering? Journal of Marriage and the Family, 62, 563-569.
Wallerstein, J., & Kelly, J. (1998). Sobrevivendo à separação: como pais e filhos lidam com o divórcio (M. A. V. Veronese, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1980)