Inconsciente e Cotidiano na Prática da Atenção Psicossocial em Saúde Mental
Palavras-chave:
Inconsciente, Cotidiano, Atenção psicossocial, Saúde mentalResumo
RESUMO - O objetivo deste artigo é analisar as concepções sobre o inconsciente ligadas ao cotidiano da prática terapêutica de rede, como contribuição à clínica em saúde mental. A pesquisa participante foi realizada em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) na cidade de São Paulo. Os resultados mostraram as concepções mais frequentes: o inconsciente como inconsciência, o inconsciente como desconhecimento e o inconsciente como método de escuta do sujeito e das relações na instituição. Demonstram uma flexibilidade teórica que pode permitir articulações complexas nas diversas intervenções no cotidiano da equipe referentes à s subjetividades e saberes sobre o inconsciente, psicanalíticos ou não. Conclui-se que a elucidação desse saber prático sobre o inconsciente contribui para o aprofundamento dessa temática no campo da reforma psiquiátrica.
Downloads
Referências
Barus-Michel, J. (1997). Clinique du social. Bulletin du Laboratoire de Psychologie Clinique - Université Paris VII, 25, 5-9.
Barus-Michel, J. (2004). Souffrance, sens et croyance. L´effet thérapeutique. Paris: Eres.
Barus-Michel, J. (1991). Pouvoir: mythe et realité. Paris: Klincksieck.
Freud, S. (1976). A interpretação de sonhos. Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud, Vols. IV e V ( W. I. Oliveira, Trad.). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1900)
Jesus, R. de F. de (2003). História oral - da prática da pesquisa à pratica docente: uma opção epistemológica. Em R. L. Garcia (Org.), Método: pesquisa com o cotidiano (pp. 141-156). Rio de Janeiro: DP&A.
Houaiss, A., Villar, M. S., & Franco, F. M. M. (2003). Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.
Mannoni, M. (1989). Um saber que não se sabe: a experiência analítica (M. P. Silva, Trad.). Campinas: Papirus. (Trabalho original publicado em 1985)
Perez, C. L. V. (2003). Cotidiano: história(s), memória e narrativa. Uma experiência de formação continuada de professoras alfabetizadas. Em R. L. Garcia (Org.), Método: pesquisa com o cotidiano (pp. 97-118). Rio de Janeiro: DP&A.
Rosa, M. D.(2006). Uma escuta psicanalítica de jovens de periferia. Em S. Altoé (Org.), A Lei e as leis (pp. 183-194). Rio de Janeiro: Revinter.
Rosa, M. D., Carignato, T., & Berta, S. L. (2006). Etica e política: a psicanálise diante da realidade, dos ideais e das violências contemporâneas. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 9, 35-48.
Stevenson, R. L. (2003). Strange case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde. New York: Norton.
Vieira Filho, N. G., & Nóbrega, S. M. (2004). A atenção psicossocial em saúde mental: contribuição teórica para o trabalho terapêutico em rede social. Estudos de Psicologia (Natal), 9, 373-379.
Vieira Filho, N. G. (2006). Análise da prática terapêutica em rede social: desconstrução e atenção básica de saúde/ saúde mental. Relatório de Pesquisa de Pós-Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
